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Minas Gerais

Vale e BHP propõem R$ 127 bi por desastre

Rompimento da barragem em Mariana causou prejuízos e 19 mortes

29 de Abril de 2024 às 23:00
Cruzeiro do Sul [email protected]
Acidente, em Minas Gerais, aconteceu em novembro de 2015
Acidente, em Minas Gerais, aconteceu em novembro de 2015 (Crédito: DOUGLAS MAGNO / AFP (6/11/2015))

As mineradoras Vale e BHP, donas da Samarco, apresentaram à Justiça uma proposta para pagar cerca de R$ 127 bilhões em indenização pelo rompimento, em 2015, de uma barragem em Mariana, em Minas Gerais, que deixou 19 mortos.

O acordo contempla obrigações passadas e futuras para uma reparação definitiva dos danos, afirmou a Vale ontem (29) em comunicado ao mercado em relação a informações divulgadas na imprensa sobre esta proposta.

O rompimento da barragem de Fundão, pertencente à Samarco, que afetou a cidade de Mariana, matou 19 pessoas e causou o pior desastre ambiental da mineração do País, ao despejar 40 milhões de metros cúbicos de lama tóxica no rio Doce e no oceano Atlântico.

A enxurrada de lama devastou localidades, incluindo comunidades indígenas, e a área em seu percurso de 650 km ao longo do rio até o oceano. A proposta das gigantes brasileira e anglo-australiana visa alcançar a “pacificação social”, acrescenta o documento assinado por Gustavo Duarte Pimenta, vice-presidente executivo de Finanças e Relações com Investidores da Vale. Deverá, no entanto, ter a aprovação de todas as partes, caso contrário serão negociadas novas condições.

A quantia sugerida de R$ 127 bilhões inclui R$ 37 bilhões em valores já investidos em auxílios e indenizações até março deste ano, detalhou a Vale. Parte deste montante foi atribuído a cerca de 430 mil pessoas afetadas, acrescentou.

O total proposto contempla ainda um ressarcimento em efetivo de R$ 72 bilhões ao governo federal, aos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, e aos municípios afetados.

Por fim, a proposta acrescenta R$ 18 bilhões em outras obrigações. Segundo a Vale, 85% dos reassentamentos das comunidades impactadas “foram concluídos”. (AFP)