Bolsonaro atrai multidão à avenida Paulista

Com a demonstração de força no domingo (25), o ex-presidente se consolida como líder da oposição ao atual governo

Por Cruzeiro do Sul

Mais de 600 mil pessoas acompanharam os discursos durante o ato, que também reuniu diversas lideranças políticas

O ato em apoio a Jair Bolsonaro (PL) na avenida Paulista neste domingo, 25, reuniu deputados estaduais, deputados federais, senadores e governadores aliados do ex-presidente.

Do trio elétrico em uma das vias mais importantes da capital paulista, alguns deles discursaram para uma multidão de mais de 600 mil pessoas, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP).

Bolsonaro deu uma demonstração de força. O ex-presidente havia convocado seus apoiadores pelas redes sociais para a manifestação após se tornar alvo de investigação da Polícia Federal (PF) sobre a suposta participação dele em tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Dezenas de parlamentares da oposição ao atual governo estiveram no ato. Bolsonaro se mantém como líder da oposição, segundo as pesquisas, embora tenha sido inabilitado a participar de eleições até 2030 precisamente por criticar as urnas eletrônicas sem apresentar provas.

Quatro chefes de Executivos estaduais também estiveram na Avenida Paulista para manifestar apoio a Bolsonaro. Autoridades estavam identificadas com uma pulseira verde, que garantia o acesso do convidado especial ao palanque principal e a outro auxiliar, em trios elétricos alugados pelo pastor Silas Malafaia, idealizador da manifestação.

O direito de discursar, porém, foi restrito a sete pessoas, incluindo Bolsonaro. Lideranças presentes Governadores — Jorginho Mello (PL-SC); Romeu Zema (NovoMG); Ronaldo Caiado (União Brasil-GO); Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP). Vices-governadores — Celina Leão (PP-DF) e Felício Ramuth (PSD-SP). Senadores — Carlos Heinze (PP-RS); Ciro Nogueira (PP-PI), Cleitinho (Republicanos-MG); Flávio Bolsonaro (PL-RJ); Jorge Seif (PL-SC); Magno Malta (PL-ES); Marcos Pontes (PL-SP); Marcos Rogério (PL-RO); Marcos do Val (Podemos-ES); Rogério Marinho (PL-RN). Deputados federais — Alberto Fraga (PL-DF); Alexandre Ramagem (PL-RJ); André Fernandes (PL-CE); Carla Zambelli (PL-SP); Carlos Jordy (PL-RJ); Carlos Portinho (PL-RJ); Caroline de Toni (PL-SC); Delegado Eder Mauro (PL-PA); Eduardo Pazuello (PLRJ); Gilvan da Federal (PL-ES); Gustavo Gayer (PL-GO); Helio Lopes (PL-RJ); Marcel van Hattem (Novo-RS); Marco Feliciano (PLSP); Nikolas Ferreira (PL-MG); Ricardo Salles (PL-SP); e Sargento Fahur (PSD-PR). Deputados estaduais — Caporezzo (PL-MG); Delegada Sheila (PL-MG); Lucas Bove (PL-SP); e Tomé Abduch (Republicanos-SP). Demais autoridades — Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo; Marina Helena (Novo); Padre Kelmon (PRD); Arthur Virgílio; Deltan Dallagnol (Novo-PR); João Roma (PL-BA); Major Vitor Hugo (PL-GO); e Marcelo Queiroga (PL-PB). Quem discursou Além do ex-presidente, que foi o último a falar, discursaram no ato a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, os deputados federais Gustavo Gayer (PL-GO) e Nikolas Ferreira (PL-MG), o senador Magno Malta (PL-ES), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o pastor Silas Malafaia.

No discurso que fechou o ato, Jair Bolsonaro negou liderar uma articulação golpista depois da derrota nas eleições. “Golpe é tanque na rua, é arma, é conspiração. Nada disso foi feito no Brasil.

Por que continuam me acusando de golpe?”, disse. “Golpe usando a Constituição? Deixo claro que estado de sítio começa com presidente convocando conselho da República. Isso foi feito? Não”, enfatizou. (Estadão Conteúdo, com informações da AFP)