Depósito incendiado foi notificado duas vezes por falta de documentos
Prefeitura esclarece que já tinha tomando todas as providências cabíveis em relação ao depósito de recicláveis
O depósito de recicláveis, localizado na rua Vicente Celestino, no Jardim Gutierres, incendiado na segunda-feira (3), pela manhã, havia sido notificado duas vezes pelo setor de Fiscalização de Posturas da Prefeitura Municipal de Sorocaba por falta de inscrição municipal e por falta de alvará de funcionamento afixado em local visível e iluminado.
A Prefeitura esclarece que já tinha tomando todas as providências cabíveis em relação ao depósito de recicláveis, “acompanhando de perto a situação e realizando repetidas fiscalizações”, sendo a última realizada em 27 de junho.
Em frente ao imóvel atingido pelo fogo, há outro depósito de recicláveis, dos mesmos proprietários. Em relação a ele, a Prefeitura informa que o local também já foi fiscalizado em duas ocasiões, tendo sido, ainda, notificado pela falta de alvará de funcionamento afixado em local visível e iluminado. Dentro dos prazos legais, em caso de recorrência do descumprimento das legislações municipais vigentes, continuam sujeito às demais sanções cabíveis.
A fiscalização é uma das queixas da aposentada Elisabeth Teodoro, de 69 anos, vizinha do depósito e que viu sua casa ser interditada. De acordo com ela, muitas denúncias foram feitas para a Prefeitura em relação ao depósito de recicláveis. “Ele tem esse depósito há 30 anos. Fizemos denúncias. Mas a Prefeitura não fez nada. Vinha até aqui e não fazia nada. Até que a turma largou mão, se a Prefeitura não faz nada, nós também não podemos fazer”.
A Defesa Civil de Sorocaba esteve ontem (4) nos três imóveis interditados preventivamente após o incêndio no depósito. Os profissionais fizeram vistorias com engenheiros nas casas vizinhas ao depósito para analisar se há risco ou se o imóvel já pode ser liberado. Houve a liberação de uma das residências, com exceção do muro localizado aos fundos, que está em isolamento. As outras duas casas permanecem interditadas. (Virginia Kleinhappel Valio)