Fonoaudiologia leva orelha gigante à cidade universitária da Uniso

Atração faz parte da programação pelo Dia Internacional de Conscientização sobre o Ruído, celebrado no dia 26 de abril

Por Inaiê Mendonça

Ação é uma forma dos alunos explicar aos visitantes detalhes do órgão auditivo

O curso de fonoaudiologia da Universidade de Sorocaba (Uniso) levou, pela primeira vez, à Cidade Universitária, uma orelha gigante que pode ser visitada até esta quinta-feira (4). Exposta desde terça-feira (2), a atração faz parte da programação pelo Dia Internacional de Conscientização sobre o Ruído, celebrado no dia 26 de abril. A ideia do projeto é da professora e fonoaudióloga Maura Laureano.

“A iniciativa não é restrita aos estudantes da Uniso, mas sim a toda a comunidade, independente da idade”, diz a professora e fonoaudióloga Monique Herrera Cardoso.

Alunos de todos os semestres do curso de fonoaudiologia participam do evento. O projeto é dividido em três partes. A primeira é a visitação à orelha, pela qual é possível conhecer o caminho percorrido pelo som; já, do lado de fora, duas mesas auxiliares estão dispostas, em uma delas, por exemplo, há uma peça anatômica, na qual alunos explicam sobre o funcionamento do órgão auditivo.

Por último, há uma boneca adaptada para medir em que nível do som as pessoas ouvem música em seus respectivos celulares. Dessa maneira, os alunos dão orientações individuais de forma lúdica e divertida.

Monique explicou que a ação é para conscientizar os visitantes sobre como ouvimos áudio no celular e as consequências desse hábito. “Se conseguirmos plantar essa sementinha na população do cuidado com nosso aparelho auditivo, estamos satisfeitos”, diz a professora.

Visitantes

O estudante João Aoki, de 29 anos, participou da iniciativa na terça-feira (2) e disse que “foi uma experiência incrível poder entrar na orelha gigante. Foi um percurso maravilhoso e, ao mesmo tempo, interessante para entender como funciona a audição do ser humano”.

Aoki disse ter ficado em choque e surpreso, de uma maneira negativa, ao medir o nível do som em que costuma ouvir músicas no celular. “Vou levar como um aprendizado para não prejudicar ainda mais minha audição”. De acordo com o estudante, a visita na orelha gigante, além de ser um aprendizado, conscientiza as pessoas sobre como volumes acima do normal podem causar danos à audição.

Ele considera curioso o fato de a ação apresentar funções do órgão auditivo, como, por exemplo, a bigorna, que é um dos nomes que o estudante achou interessante.

O professor Aldo Vannucchi, de 94 anos, também visitou a ação nesta quarta-feira (3) pela manhã. “Admiro muito a anatomia da orelha. Com a presença desse equipamento na Cidade Universitária, a gente se sente mais consciente da importância do ouvir o outro”, diz. E completa: “É interessante ver todos os elementos que constituem uma orelha”. (Inaiê Mendonça - programa de estágio)