Região de Sorocaba ocupa 2ª posição em empregos no Estado de SP
Levantamento comparou desempenho de 14 Regiões Administrativas no período de 12 meses
A região administrativa de Sorocaba ficou em segundo lugar entre as 14 do interior de São Paulo com maior geração de emprego nos últimos 12 meses, somando 37.932 novas vagas, atrás apenas de Campinas, segundo a Fundação Seade. O resultado representa uma variação de 6,1% nos últimos 4 trimestres.
Entre os meses de maio, junho e julho, o saldo foi de 9.578, com variação de 1,5%. Entre as funções com maior número de contratações neste período estão faxineira (1.044), alimentador de linha de produção (967), auxiliar de escritório (623), assistente administrativo (510) e servente de obras (502). As ocupações com maiores saldos negativos nos 3 últimos meses foram trabalhador no cultivo de árvores frutíferas (-1.396), seguido de vendedor de comércio varejista (-802).
O resultado deixa Sorocaba a frente de grandes regiões, como São José dos Campos, por exemplo, que registrou saldo de 28.806 contratações em um ano. Líder na geração de empregos, Campinas soma, em um ano, 112 mil novas contratações. A capital teve 283 mil novos postos de trabalho e a Região Metropolitana de São Paulo, 138 mil. As quatro regiões citadas responderam por 81% dos empregos gerados no Estado.
Para o economista e coordenador do curso de Economia da Universidade de Sorocaba, Renato Garcia, o crescimento recente da geração de empregos na região reflete a recuperação gradual da indústria, do setor de serviços e também do tamanho e diversificação da região. “Quando consideramos os resultados ao longo dos últimos meses, podemos verificar que há uma recuperação importante. Porém, há que se observar que o cenário econômico ainda está muito incerto com inflação e juros mais altos”, diz.
Garcia explica que esses fatores afetam principalmente o comércio e o setor de serviços e ressalta que o salário dos trabalhadores que estão sendo contratados tem sido mais baixos que o dos trabalhadores que são desligados. Ou seja, há uma queda da renda média do trabalhador.
Até o final do ano, segundo o economista, as perspectivas são positivas, “A inflação parece ter se acomodado e os gastos dos consumidores tendem a subir. No próximo ano, novos desafios tendem a surgir, principalmente no que diz respeito às contas do governo e ao endividamento da população”, disse.
SP é o Estado que mais gera empregos
Um estudo da Fundação Seade, com base dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) aponta 747 mil novos postos de trabalho formais gerados no acumulado de 12 meses no Estado de São Paulo, resultado de aumento nos serviços (461 mil), no comércio (142 mil), na indústria (87 mil) e na construção (65 mil) e pequena redução na agropecuária (-7 mil).
No primeiro semestre deste ano, foram 385 mil contratações no Estado, um crescimento de 3,1%, o que corresponde a 29% dos 1,3 milhão de empregos criados no País durante este período. (Virginia Kleinhappel Valio)