Leite materno ajuda a prevenir doenças e mortalidade neonatal

Alimento é a principal fonte de nutrição para recém-nascidos e traz inúmeros benefícios à saúde dos bebês

Por Senhor Tanquinho

amamentação

O leite materno é a principal fonte de nutrição para os recém-nascidos e traz inúmeros benefícios à saúde dos bebês. Além de fornecer nutrientes essenciais para o desenvolvimento, esse alimento natural também é capaz de prevenir doenças e reduzir a mortalidade neonatal – que pode acontecer até o 28º dia de vida.

 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o leite humano é recomendado como a única fonte de alimento para as crianças nos primeiros seis meses de vida e deve ser mantido e complementado com comidas sólidas até os dois anos de idade ou mais. A amamentação exclusiva durante os primeiros seis meses é capaz de prevenir cerca de 13% das mortes em crianças menores de cinco anos em todo o mundo.

 

Isso ocorre porque o leite materno contém uma série de componentes importantes para a proteção da saúde do bebê, como anticorpos, enzimas, hormônios e nutrientes. Esses componentes são fundamentais para o desenvolvimento do sistema imunológico, ajudando a prevenir infecções respiratórias, diarreia, alergias e outros problemas.

 

Além disso, a amamentação também está associada a uma redução significativa na mortalidade neonatal. Segundo a OMS, amamentar de forma exclusiva durante o primeiro semestre de vida pode diminuir em até 45% o risco de morte por todas as causas em crianças recém-nascidas.

 

Apesar dos inúmeros benefícios, muitas mulheres ainda enfrentam dificuldades para amamentar com seu próprio leite, seja por questões físicas, emocionais ou culturais. Por isso, é importante que as mulheres recebam apoio adequado, por meio de orientação de profissionais de saúde, grupos de apoio ou outras iniciativas que incentivem a prática.

 

O aleitamento materno é um direito da criança, e todas as mães também devem poder amamentar seus filhos, seja no trabalho, em casa ou mesmo quando estão privadas de liberdade. De acordo com o artigo 9º do Estatuto da Criança e do Adolescente, é dever do governo, das instituições e dos empregadores garantir condições propícias para que isso ocorra.

 

Assim, é importante que sejam oferecidos espaços adequados para amamentação e que a legislação que protege esse direito seja respeitada e aplicada.

 

Nutrição para mãe e bebê

Dar de mamar nas primeiras horas de nascimento do bebê é uma prática fundamental para a saúde e o bem-estar do recém-nascido, conforme destaca o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Além de auxiliar nas contrações uterinas e diminuir o risco de hemorragia, a amamentação estabelece um vínculo afetivo importante entre mãe e filho.

 

Nos primeiros dias após o nascimento, o colostro é indicado como o alimento ideal para a criança, pois é nutritivo e ajuda a protegê-la contra infecções. Por ser capaz de proteger a criança de diversas doenças perigosas, a amamentação frequente – que estimula também a produção de leite materno – é considerada a primeira vacina do bebê.

 

O Unicef recomenda ainda que mães que trabalham fora mantenham a amamentação, conforme for possível, mesmo sem estar presente durante todo o dia na rotina da criança. Quando não houver maneira de fazê-lo, a dica é usar o extrator de leite para retirar o alimento e armazená-lo em um recipiente limpo. Dessa forma, o bebê continua recebendo os nutrientes e aproveitando todos os seus benefícios.

 

Vale lembrar que a mãe que amamenta precisa de uma dieta equilibrada e suficiente para suprir suas necessidades e produzir leite em quantidade e qualidade adequadas ao bebê. Comidas como frutas, legumes, verduras, feijão, arroz, carnes e miúdos são nutrientes e vitaminas indispensáveis tanto para a mãe quanto para o bebê.

 

Além disso, é preciso que a mulher beba bastante líquido, como água, chás, sucos ou leite, para ajudar na produção de leite materno. O consumo de álcool, fumo e outras drogas, bem como a ingestão de medicamentos sem prescrição médica, deve ser evitado.