Slow Carb, Low-carb, Primal — Qual Dieta É Melhor?

Por Senhor Tanquinho

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3 dietas entram num restaurante.

Parece o começo de uma piada.

Mas o que vamos falar hoje pode ser muito sério — e importante.

Antes disso, tenho uma pergunta para você.

Analise o prato da foto abaixo.

E responda a seguinte questão: a refeição da foto — é uma refeição saudável?

No prato: brócolis, feijão preto, ovos cozidos e um pouco de queijo parmesão.

(Aqui poderíamos inserir um debate virtualmente infinito sobre “o que é saudável”.

Mas vamos manter a pergunta simples no seguinte sentido. Se esta refeição faz parte de uma alimentação nutritiva e completa.)

Antes de responder, pense em quais tipos de alimentação incluiriam um prato assim.

Pensou?

Ótimo: então, voltamos à charada: 3 dietas entram num restaurante. Slow Carb, Low-Carb e Primal.

Qual delas pede o prato da foto?

A resposta: TODAS…

...e NENHUMA.

"Como assim, Senhor Tanquinho?"

A verdade é que eu consumi este prato recentemente.

Como parte de um desafio pessoal que me propus: 7 dias de dieta low-carb vegetariana.

Porém, ao mesmo tempo, este prato é muito similar aos que eu consumia lá nos idos de 2013.

Que foi quando comecei a seguir a dieta slow carb, e emagreci mais de 16kg com ela.

A base dessa dieta são leguminosas como o feijão, proteínas, e vegetais crucíferos (feijão preto, ovos, e brócolis, na foto).

E eu adicionei um pouco de parmesão para dar sabor.

Mas este prato é low-carb também.

Pois, apesar de conter cerca de 50g de carboidratos líquidos, você pode ver (no nosso canal do YouTube) que isso se alinha perfeitamente com o restante da minha alimentação do desafio.

(Eu pesei e medi tudo durante esses 7 dias.

Veja o vídeo no canal do youtube para saber mais.)

E, claro, este é um prato vegetariano — ovo-lacto-vegetariano, para ser mais específico.

Curiosamente, este prato também é Primal.

Esta é uma interpretação diferente da famosa Dieta Paleolítica ou Dieta Paleo.

Sendo que os princípios básicos são os mesmos.

Mas a vertente Primal, criada pelo Mark Sisson, é mais liberal com laticínios e também com leguminosas como o feijão.

O que todas essas têm em comum?

Uma ênfase em comida de verdade.

Em alimentos nutricionalmente densos.

Em proteínas completas, e que tendem a favorecer uma expressão positiva dos nossos genes.

Porque podemos debater o dia todo sobre o feijão.

(Por um lado, tem antinutrientes. E não evoluímos comendo leguminosas.

Por outro tem fibras solúveis. E amido resistente.)

E também sobre o queijo.

(Por um lado é muito calórico. E eleva a insulina.

Por outro tem cálcio e outros bons nutrientes. E é delicioso.)

(E até poderíamos discutir sobre os ovos e o brócolis — mas acho que todo mundo já sabe que ovos são saudáveis.

E mesmo quem faz dieta carnívora não acha que o brócolis é algum tipo de perigo.)

No fim das contas, todos esses alimentos estão bem mais perto de uma saúde ótima...

... do que aqueles conservantes e aditivos industriais com nomes impossíveis de pronunciar.

E, se tudo mais falhar, usamos a seguinte heurística (regra prática).

“Consigo imaginar este alimento fora de uma caixa? Consigo ler o nome de todos os seus ingredientes?”

Este é um ótimo começo.

Os outros detalhes — proporções de macronutrientes, fontes desses macronutrientes, se vamos comer mais alimentos de origem vegetal ou animal, se vamos entrar em cetose, etc — a gente ajusta.

Resumindo: Se você é um adulto saudável, não precisa se prender a regras fixas de dietas. Coma comida de verdade, mova seu corpo, e experimente para descobrir o que funciona melhor para você.

Porque nossa evolução só pede isso de nós: comida de verdade, movimento, e descanso.

Não parece muito para atendermos.

Concorda, discorda, tem outra visão?

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