Alerj recorre da decisão que dissolveu comissão de impeachment de Witzel
A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) recorreu da decisão que dissolveu a comissão especial de análise do processo de impeachment do governador Wilson Witzel (PSC).
O requerimento pede que a liminar, dada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, seja "integralmente reconsiderada". Com isso, a Alerj espera restituir a comissão.
"Reconsidere a respeitável decisão que deferiu a medida liminar nesta Rcl n° 42.358-RJ, restaurando-se, assim, a composição e o funcionamento da Egrégia Comissão Especial de Impeachment", diz o documento.
A liminar de Toffoli atendeu a um pedido apresentado pela defesa de Witzel. Os advogados questionam o rito usado pela Alerj para conduzir o processo.
Segundo os advogados, os deputados descumpriram jurisprudências do STF ao criar uma comissão especial sem votação e sem proporcionalidade de partidos.
Em sua decisão, o presidente do STF determinou que fosse formado novo colegiado para apreciar o pedido afastamento de Witzel.
Segundo o ministro, o impeachment é uma "experiência gravíssima" e por essa razão a condução do processo "precisa guardar a higidez constitucional e legal em relação ao seu procedimento". Na prática, a liminar de Toffoli jogou a ação pelo afastamento do governador de volta à estaca zero.
O recurso deve ser analisado pelo relator do caso, ministro Luiz Fux, que voltará ao trabalho com o fim do recesso Judiciário.
O processo de impeachment de Witzel foi aberto depois que o presidente da Assembleia, André Ceciliano (PT), acatou as denúncias contra o governador.
As denúncias surgiram na esteira de operações que miram desvios da saúde no Estado e atingiram o Executivo. (Com informações da Agência Estado).