Acústica Urbana

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Meus pés conhecem as calçadas sorocabanas. Convivo com os sinais urbanos: sons, aromas, cores, gente, calor, veículos. Admira-me a competência da indústria automobilística. Os automóveis, em geral, deslizam em relativo silêncio, apenas afetado nas acelerações. O pedestre há de estar atento nas travessias! Evoluímos! Também admira-me a qualidade dos veículos de transporte público. Ônibus imensos, relativamente confortáveis, muitos articulados, ocupam seus espaços com um mínimo de agressão acústica, ainda mais se comparados aos que tínhamos em passado recente.

A cidade seria bastante silenciosa, mesmo em ruas de alto movimento, não fosse uma clara exceção: os motociclistas insensíveis. Observo que, sem as motocicletas como meio alternativo de transporte, Sorocaba paralisaria! Ao utilizar a motocicleta, portanto, o trabalhador presta um importante serviço à sociedade. Contudo, a qualquer momento do dia ou da noite, motociclistas insensíveis (em grande parte, entregadores correndo desesperadamente contra o tempo) destroem a paz, espalhando o barulho insuportável de suas máquinas. Disseram-me (não sou especialista nisso) que alguns fazem-no propositalmente, para perturbar o sossego. Modificam o escapamento da moto. Só falta ser verdade!!! Se não é, assim parece, pois a maior parte das motocicletas desliza suave e silenciosamente. De qualquer forma, essas pessoas perturbam a paz, o sossego, a vida enfim dos moradores, dos trabalhadores e clientes de lojas que se abrem para as ruas e, principalmente, dos transeuntes que ficam expostos diretamente ao açoite acústico. Esses flagelos da acústica urbana poderiam ser facilmente coibidos, bastando aplicar a legislação. Bastaria um pouco de “efeito demonstração”. Falta de decibelímetro não é desculpa! Por algum motivo misterioso, nada se faz. Creio que eles continuarão, por relapso ou maldade, a destruir um dos nossos bens mais preciosos: o silêncio.

JOSÉ OSMIR FIORELLI

DO FACEBOOK

Quase 100 carros abandonados são retirados das ruas de Sorocaba

Abandonado nas ruas, aí levam para ficar abandonado em um páteo, criadouro de dengue.

JOSEF SCHMIDT NETO

Nossa, tem muitos por aqui.

ANA CAROLINA CAROL

Nas ruas do São Conrado têm um monte, só serve para atrapalhar. Venha logo antes que o dono veja esta matéria.

LUIZ CARLOS FRANCESCHETTI