Falsa enfermeira fazia vacinação delivery
A falsa enfermeira presa pela Polícia Federal por realizar suposta vacinação contra Covid-19 em garagem de empresa de ônibus em Belo Horizonte já atuava com o esquema em áreas nobres da cidade desde o início de março, segundo investigações da Polícia Federal. Os agentes encontraram soro fisiológico na casa dela e a suspeita é de que ela tenha aplicado falso imunizante nas pessoas.
As autoridades constataram que a mulher, na verdade uma cuidadora de idosos, atendia também em casa. Conforme as investigações, um dos bairros em que ela mais fez “atendimentos” -- em casas e apartamentos -- foi o Belvedere, de classe alta, na zona sul de BH. “Os moradores lá estão todos sem saber o que fazer”, afirma um empresário que frequenta a região.
Diligências feitas pela PF encontraram na casa dela ampolas de soro fisiológico. A suspeita é que era isso que vinha sendo aplicado nas pessoas que contratavam seus serviços.
Ainda conforme a polícia, a falsa enfermeira, com o dinheiro que ganhava com a aplicação da “vacina”, estava comprando um carro e um sítio. Segundo a revista piauí, que denunciou a imunização clandestina na garagem de ônibus, a falsa enfermeira cobrava R$ 600 por duas doses do que afirmava ser vacina.
A suspeita da PF é que o filho da cuidadora seja o responsável pelo recebimento dos pagamentos, que ocorriam, muitas vezes, via Pix, o que vai facilitar as investigações das autoridades. Ele vai prestar depoimento na segunda-feira. (Estadão Conteúdo)