SP ‘segura’ vacinas até AM se organizar

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Crédito da foto: Divulgação / GESP (23/12/2020)

O governo de São Paulo informou que suspendeu o envio de 50 mil doses da Coronavac ao Amazonas prometidas pelo governador João Doria (PSDB) em janeiro, em razão da crise no sistema de saúde do Estado. O motivo alegado para a suspensão foi a “falta de planejamento e controle” da campanha de vacinação. A gestão disse que aguarda agora a apresentação do cronograma estadual de imunização para enviá-las.

A posição do governo ocorre após questionamento da Justiça Federal no Amazonas, que em despacho cobrou o governador paulista sobre o envio. As 50 mil doses integrariam um envio extra ao Estado em razão da crise e foram anunciadas em 17 de janeiro.

A juíza da 1ª Vara Federal do Amazonas, Jaiza Fraxe, já havia cobrado a Fundação de Vigilância Sanitária (FVS) do Amazonas sobre o recebimento -- e foi informada, no fim de janeiro, de que as doses ainda não tinham chegado. Uma carta precatória foi então enviada a São Paulo, pedindo esclarecimentos ao governador.

A aplicação da vacina no Amazonas começou marcada pela polêmica de aplicação em pessoas que supostamente não integravam os grupos prioritários, caracterizando favorecimento ilegal.

Descongelamento

O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) iniciou ontem (10) o descongelamento do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) que chegou ao Brasil no sábado. Desde o desembarque, o insumo passou por checagens de controle de qualidade.

Os 88 litros de IFA foram transportados a uma temperatura de -55 graus Celsius (ºC) e serão usados para a produção de 2,8 milhões de doses da vacina desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, parceiros da Fiocruz na fabricação por meio de um acordo de transferência de tecnologia. (Estadão Conteúdo e Agência Brasil)