Weintraub encontra resistência em banco
A Associação de Funcionários do Banco Mundial enviou ontem uma carta ao Comitê de Ética da instituição pedindo uma investigação sobre o ex-ministro da educação do Brasil, Abraham Weintraub. O grupo, que representa os funcionários do organismo internacional, quer que a nomeação do brasileiro para assumir uma diretoria executiva do banco fique suspensa até a conclusão desta investigação. O motivo do pedido são falas preconceituosas do ex-ministro sobre a China e minorias, além do posicionamento a respeito da prisão de ministros do Supremo Tribunal Federal.
“O Banco Mundial acaba de assumir uma posição moral clara para eliminar o racismo em nossa instituição. Isso significa um compromisso de todos os funcionários e membros do conselho de expor o racismo onde quer que o vejamos. Confiamos que o Comitê de Ética compartilhe dessa visão e faremos tudo ao alcance para aplicá-la”, afirma a associação de funcionários. O e-mail com o pedido de investigação foi direcionado ao Comitê de Ética do banco e encaminhado ontem a todos os funcionários da instituição
Mesmo sob reação de funcionários do Banco Mundial e de intelectuais brasileiros, Weintraub só não assumirá o cargo na instituição se o presidente Jair Bolsonaro mudar de ideia. Weintraub foi indicado pelo Ministério da Economia para assumir a diretoria executiva que representa o Brasil e mais oito países no banco. (Estadão Conteúdo)