Gravando
Flávio Ricco, com colaboração de José Carlos Nery
Começaram, na semana passada, as gravações do “Fora de hora”, que estreia em janeiro na Globo. Marcius Melhem faz o Chico Lisboa, um repórter dedicado, que dá o seu melhor, mas é bem atrapalhado. Está sempre no lugar errado, na hora errada.
TV continua sob o domínio das velhas turminhas de sempre
Na televisão, mas muito mais na dramaturgia, sempre existiram equipes formadas, inseparáveis em quaisquer trabalhos. A amizade, que alguns preferem chamar grupo de confiança, à frente do talento, competência e da própria necessidade.
Na designação de um autor ou diretor para qualquer novela ou série, até hoje se torna perfeitamente possível saber quais atores têm mais chances de serem chamados. A possibilidade de erro ou alguma surpresa é próxima de zero.
E não é que, de uns tempos para cá isso também passou a acontecer no artístico? O profissionalismo foi, aos poucos, colocado de lado ou dando lugar a algumas pequenas “tribos”, com territórios marcados.
Não, por acaso, a mesmice ou decadência observada em humorísticos e musicais. Os núcleos constituídos, facilmente identificados, são também impenetráveis. Os que estão dentro não saem e os de fora não entram, daí as consequentes bestialidades, quase como um caminho sem volta.
Está confirmada
Na Record, porque o faturamento foi bom, já existe a decisão de uma nova “A fazenda” no ano que vem. “O programa atende o que se espera dele em faturamento e audiência” explica a emissora. A última, no entanto, deixou bastante a desejar. Foram muitos os enganos cometidos.
Também confirmado
Outro que também já está com visto no passaporte para 2020 é o “Tamanho família”, do Márcio Garcia, na Globo. O programa vai agora para a sua sexta temporada e deverá ser exibido entre os meses de abril e julho, no começo da tarde dos domingos.
Não mexe
Até existe a possibilidade do SBT apresentar novidades na sua programação a partir de março do ano que vem, mas dificilmente isso se dará nos períodos da manhã e da tarde. O horário que ainda causa maiores preocupações é o começo da noite, faixas das 18 e 19 horas. É por aí que vai acontecer, no fim de janeiro, a exibição de “Betty em NY”.
Desrespeito - 1
Na segunda-feira, a Rede TV ficou com comerciais no ar por mais de 12 minutos entre o penúltimo e último blocos do “Superpop”. Isso meia-noite e trá-lá-lá. Mais 20 segundos de programa e novo intervalo de 8 minutos. Na volta, Luciana Gimenez agradeceu sua convidada e imediatamente encerrou o programa.
Desrespeito - 2
Natural que a apresentadora, Luciana Gimenez, com programa gravado, tem responsabilidade zero no caso. Mas em vez de agradecer no final, deveria pedir desculpas ao público, em primeiro lugar. E, depois, para os anunciantes do horário. Coitados do que pagam por isso.
Coincidência
As chamadas das retrospectivas da Globo e Record, no ar nas duas, têm exatamente o mesmo conceito. Não sei quem teve a ideia primeiro. Mas a semelhança chama atenção. É enorme.
Aposta certa
A escolha de Maria Julia Coutinho para apresentar o “Hoje”, foi criticada por alguns e a possibilidade de se dar bem colocada em dúvida por outros. Mas hoje, dois meses e pouco no posto, confiante, ela já tem o jornal nas mãos.
É preciso considerar
No jornalismo da Globo, Maria Julia Coutinho sempre fez por merecer todas as apostas no seu trabalho e nunca decepcionou frente a qualquer desafio. E substituir Sandra Annenberg para ela, Maju, qualquer outra ou outro, não seria uma tarefa fácil. O tempo comprova o acerto na escolha.