Greta Thunberg doa dinheiro para combater desigualdade na vacinação

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Greta Thunberg doa dinheiro para combater desigualdade na vacinação contra a Covid-19. Crédito da foto: Reprodução Instagram/@gretathunberg

Segundo Greta, a desigualdade vacinal é uma "tragédia". Crédito da foto: Reprodução Instagram/@gretathunberg

A fundação de Greta Thunberg doará 100 mil euros ao sistema Covax para combater a tragédia da desigualdade vacinal contra a pandemia, denunciada pela jovem ativista sueca.

O valor será pago à fundação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e será destinado a compras de vacinas contra a Covid-19, como parte do esforço mundial para um acesso igualitário ao imunizante para as pessoas que estejam mais em risco, anunciou a OMS em um comunicado nesta segunda-feira (19).

"A comunidade internacional deve fazer mais para amenizar a tragédia que é a desigualdade vacinal", denunciou a jovem, citada no comunicado, antes de participar de uma coletiva de imprensa com o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

"Temos ferramentas ao nosso alcance para corrigir o enorme desequilíbrio que existe hoje no mundo no combate à Covid-19. Assim como com a mudança climática, devemos ajudar os mais vulneráveis em primeiro lugar", destacou Greta Thunberg, que se tornou uma estrela do combate à mudança climática depois de lançar um movimento de greves escolares para exigir mais ações contra o aquecimento global por parte dos Estados.

O sistema Covax é uma associação pública-privada entre a OMS, a Aliança de Vacinas (GAVI) e a Coalizão para as Inovações no Preparo para Epidemias (CEPI) para garantir uma distribuição igualitária do imunizante contra a Covid-19, especialmente em 92 países pobres.

"Incentivo a comunidade mundial a seguir o exemplo de Greta e fazer o que puder, em apoio ao Covax, para proteger os mais vulneráveis desta pandemia", insistiu o secretário-geral da OMS.

Tedros denunciou que em alguns países ricos, um quarto da população já está vacinada contra a doença enquanto nos países pobres essa proporção é de uma a cada 500 pessoas. (AFP)