Ananda Jacques lança vídeoclipe do single “Amor de cafeína”
A tradicional feira livre da Vila Santana é um dos cenários do videoclipe da canção “Amor de cafeína”, single da cantora e compositora sorocabana Ananda Jacques que será lançado hoje, às 21h, no canal oficial da artista no Youtube.
O novo clipe foi inteiramente filmado em Sorocaba e também teve como locação interna a Casatrito, como é chamada a casa/espaço de criação compartilhado por cinco artistas da cidade. A produção foi realizada pela empresa Braza Filmes, com direção de fotografia de Pedro Diniz, em parceria com a diretora de arte e roteirista Ella Vieira.
Entoada pela voz doce e potente de Ananda, “Amor de cafeína” tem letra e melodia que remetem a um tradicional xote nordestino, mas com atmosfera urbana, com levada pop eletrônica. Nesta produção audiovisual, Ella Vieira optou por afirmar uma “estética futurista, brasileira e afro-latina”, comenta a cantora. Nome em ascensão da música popular brasileira e de destaque na cena local, Ananda vive uma temporada de reclusão -- imposta pela pandemia de Covid-19 -- no Rio de Janeiro, ao lado da mãe, carioca.
Gravado no homestudio da cantora e produzido à distância pelo pianista, produtor e arranjador Tiago Giovani, “Amor de cafeína” já está disponível nas principais plataformas de música digital e é o terceiro de uma série de cinco singles do projeto “Macumba de apartamento” que, a princípio, dariam corpo ao primeiro EP de Ananda. “Essa história se transformou um pouco. Eu não sei se ao final dessa narrativa audiovisual eu vou formar esse EP, mas eu continuo cantando essa história através dos videoclipes”, comenta.
“Macumba de apartamento”, single que dá nome ao projeto, foi lançado no final de 2018, com apoio de fãs por meio de uma campanha de financiamento coletivo e dá origem a uma narrativa inteiramente ambientada em um apartamento. O segundo single foi “Coroa de prata”, lançado em outubro de 2019, com videoclipe rodado dentro de um banheiro, também com direção de arte assinada por Ella Vieira. Agora, em “Amor de cafeína”, as ervas frescas compradas da feira chegam da rua para perfumar e dar protagonismo a outro cômodo da casa: a cozinha.
Ananda detalha que o apartamento é um espaço íntimo e simbólico que representa as ideias de acolhimento, “de cuidar de si e do outro, um conceito que a gente chama de aquilombamento”. “O ‘Coroa de prata’, que vem mostrando o banheiro fazendo alusão a Iemanjá, fala de um processo de autocuidado e autoamor. ‘Amor de cafeína’ é ambientado na cozinha e fala de um processo de abrir para uma entrega do amor de outra pessoa”, complementa. (Felipe Shikama)