Auxílio à classe cultural será Debatido em reunião on-line
A criação de um auxílio municipal para socorrer artistas, produtores, entre outros profissionais da arte e da cultura de Sorocaba será discutido hoje, às 19h30, em uma reunião virtual coordenada pelo Fórum de Culturas Permanentes de Sorocaba (Fopecs) com a participação confirmada secretário de Cultura, JP Miranda.O encontro ocorrerá na plataforma Zoom e será transmitida ao vivo no Youtube e no Facebook do Fopecs. A participação do novo titular da Secult, que assumiu há uma semana, é considerada uma primeira vitória para os artistas, que há algumas semanas criaram uma frente ampla de trabalhadores e trabalhadoras da cultura que tem liderado o movimento “#EuApoioaCulturaSorocabana”, com uma série de ações nas redes sociais.
O antecessor de JP Miranda no comando da Secult, Marcel Stefano Tavares Marques da Silva, não encaminhou nenhuma ação de auxílio ao setor durante a pandemia. Nem mesmo a abertura do edital 2020 da Lei de Incentivo à Cultura (Linc), que seria um alento aos artistas e produtores culturais, está confirmada.
O grupo pede que a verba de R$ 4 milhões do governo federal, enviada por meio da Lei Aldir Blanc, de auxílio aos profissionais da cultura, seja usada integralmente para apoiar o setor.
Segundo membros do Fopecs, o movimento foi criado com intuito de “sensibilizar” a prefeita Jaqueline Coutinho e a Câmara de Vereadores a criarem imediatamente uma lei de auxílio emergencial para artistas e coletivos culturais sorocabanos.
O grupo também protocolou uma carta, intitulada “Emergência Cultural”, subscrita com 200 artistas da cidade.
Na carta, o grupo menciona que os trabalhadores da cultura foram os primeiros a terem as atividades profissionais interrompidas devido à pandemia, mesmo porque sua atuação e renda familiar dependem de aglomerações. “O impacto no mercado da cultura é devastador, não só localmente, mas mundialmente”.
Apresentações teatrais e musicais com presença de público foram completamente cessadas em todo o País, e segundo o secretário da Cultura e Economia Criativa, Sérgio Sá Leitão, as atividades culturais no estado de São Paulo devem voltar à normalidade apenas em julho de 2021. “As atividades culturais devem ser as últimas retomadas, pela incerteza sobre a possibilidade de aglomerações nos próximos meses, quiçá anos. Artesãos, músicos, DJs, atores e atrizes, equipe técnica de espetáculos e shows, produtores culturais, artistas circenses e visuais, fotógrafos, cinegrafistas e outros trabalhadores tiveram sua renda reduzida a zero na atual situação”, acrescentam.
Além da criação da lei, os artistas também reivindicam a atualização, divulgação e aprofundamento do mapeamento cultural da cidade, “garantindo assim a ampla publicização e maior capilaridade no atendimento das pessoas desassistidas” e a articulação com a Secretaria de Cidadania a fim de cruzar dados e criar ferramentas que garantam a descentralização do atendimento da política. (Felipe Shikama)