É a velha discussão: vale a pena insistir com novelas tão longas
Flávio Ricco, com colaboração de José Carlos Nery
A Globo exibiu nesta última sexta-feira e reprisa na noite de hoje o último capítulo de “Travessia”. Por razões que certamente são as mais diversas, não foi o sucesso que dela esperava a sua autora Gloria Perez, assim como todos os demais envolvidos na sua realização.
No conjunto da obra deixou, sim, a desejar, muito provavelmente pela história apostar demais em ingredientes que não tinham maiores condições de atender ou muito menos segurar a atenção do público. Toda aquela trama envolvendo os personagens de Rodrigo Lombardi, Humberto Martins e Cássia Kis nunca reuniu condições de se esticar do primeiro ao último capítulo.
Assim como o drama, altos e baixos, idas e vindas da Brisa, da Lucy Alves.
Nos tempos atuais, com o público de forma geral mais acostumado com a agilidade das séries, acaba restando às novelas a necessidade de se reinventarem. Deixar nada acontecer e se valer por muito tempo do “me engana que eu gosto” são receitas que não combinam com os tempos atuais.
E é por aí que entra a velha discussão: ainda vale a pena insistir em números de capítulos a perder de vista? A resposta para a Globo, com certeza, deve chegar com a substituta da própria “Travessia”, “Terra e Paixão”, do Walcyr Carrasco, com a proposta de ultrapassar a casa dos 200 episódios. Haja fôlego.
Livre para voar
Em uma nova fase, agora sem compromisso fixo com o SBT, Nadja Haddad (foto) está gravando uma série de programas para o Sistema Catarinense de Comunicações, SCC. O título é “Desejos de mãe”. Os trabalhos terminam nesta próxima semana, mas a exibição só se iniciará em 17 de junho.
Foi avisada
Mariana Rios já foi informada que, a partir da próxima segunda-feira, o seu expediente será em tempo integral em “A Grande conquista”. Vai ser meio que assim até o final, mas período mais puxado mesmo será este do começo, até a definição completa dos 20 participantes.
Por enquanto
Embora ainda se observe o pé atrás de muita gente, na Globo, aparentemente, os primeiros trabalhos de “O grande golpe”, do Ricardo Linhas e Maria Helena Nascimento, já começam a acontecer. Tem gente, inclusive, com escalação confirmada. Por exemplo, Nicollas Paixão.
De qualquer forma
Como ainda tem muito chão pela frente, a dramaturgia da Globo trabalha com esta ordem: depois de “Terra e paixão, “Renascer”, que aí sim será substituída por “O grande golpe”. Com todo esse tempo, qualquer ordem em contrário até poderá vir a ser natural.
Dois lados
O “MasterChef” é, ao mesmo tempo, motivo de alegria e preocupação na Band. Se, por um lado, o programa está com a sua vidinha comercial bem saudável, do outro estão todos da sua direção com a orelha em pé na parte que toca à audiência.