A TV e os grandes festivais
Flávio Ricco, com colaboração de José Carlos Nery
Em uma das últimas edições do “Programa de todos os programas”, com João Marcelo Bôscoli e Pedro Camargo Mariano como convidados, o tema, nem poderia ser outro, foi a nossa música popular.
E com revelações das mais interessantes, por exemplo, que, devido a fragmentação existente, hoje temos uma média de 50 mil lançamentos por dia. Nunca vai dar tempo de ouvir tudo, assim como muita coisa boa irá, lamentavelmente, se perder.
Isso tudo numa mesma conversa, que também nos fez lembrar dos grandes festivais do passado na Record e Globo. Eventos que eram realizados uma vez por ano, com as participações de nomes como Elis Regina, Chico Buarque, Roberto Carlos, Jair Rodrigues, Rita Lee, Caetano Veloso e Gilberto Gil. Além de outros.
Um negócio tão sério, que movimentava torcidas e era disputado com tamanha seriedade e emoção, muito igual aos grandes campeonatos esportivos. Sérgio Ricardo, no meio de uma apresentação, irritado com as vaias, atirou o violão na plateia.
Então por que não voltar com eles? O impedimento do passado, que foi a exclusividade de alguns intérpretes, deixou de existir nos tempos atuais.
E algo que poderá vir a ser tão bom para a música, como para enriquecer e dinamizar a programação de qualquer televisão. Quem se habilita?
Só um adendo
Se a televisão atual está se acostumando tanto a produzir remakes, talvez na falta de novidades para apresentar, vale lembrar que muita coisa boa foi feita no passado, também na área de shows. Vale pesquisar.
Responsabilidade
É por aí que a TV aberta será, novamente, a válvula de escape e continuar servindo como melhor e mais conveniente opção. Que se incentive, cada dia mais, a produção local e se diminua, ao mínimo indispensável, a compra de formatos.
Ação
Engana-se quem pensa que a dramaturgia da Record está voltada neste momento apenas para os trabalhos da série “Reis”. “A Rainha da Pérsia”, próximo projeto, também já está com a sua pré-produção em curso.
Visual
Priscila Ubba (foto) será Nebset, uma princesa egípcia, em “Reis” e o seu trabalho vai começar ainda nesta oitava temporada e se intensificar na próxima “A sucessão”. Núcleo principal e relação direta com Salomão (Guilherme Dellorto). “Nebset é muito inteligente, atraente e geniosa e utiliza de seus atributos para alcançar os seus objetivos”, declara Priscila à coluna.