Terra e Paixão não tem história para tantos personagens
Flávio Ricco, com colaboração de José Carlos Nery
Por mais força que tenha uma novela das 21h, responsável há décadas pela maior audiência diária da televisão, ela não pode fugir de um pacote de regras. Por exemplo, ter um número de atores, necessário e suficiente, para sua composição e não transformar nomes renomados em figurantes ou elenco de apoio.
O que nunca pode é ter história de menos, para capítulos demais, ou um número exagerado de atores para personagens que não são necessários.
”Terra e Paixão”, por exemplo, tem o núcleo do bar, por onde andou a Cândida, vivida por Susana Vieira, arrastado e com aquele pessoal meio à toa. Todos sem a menor importância, entre eles atores na altura de Thati Lopes.
Renata Gaspar, outro caso, continua muito pouco aproveitada, a exemplo de Agatha Moreira, Leona Cavalli, e por aí vai. Se Walcyr Carrasco e Thelma Guedes resolverem colocar ainda mais gente, sob a justificativa que a novela vai até janeiro, o panorama será ainda pior. Como se não bastasse, há um claro descontrole no fluxo desde o começo, com uns sempre aparecendo demais e muitos outros só de vez em quando. O ideal seria um melhor planejamento e uma quantidade adequada de personagens em cena. Neste aspecto, o João Emanuel Carneiro é um exemplo a ser seguido.
Dia especial
Claudia Raia e Jarbas Homem de Mello marcaram para 25 de janeiro de 2024, data em que São Paulo comemora 470 anos, a estreia do espetáculo “Tarsila, a Brasileira” no Teatro Santander. O elenco também reúne Dennis Pinheiro e Ivan Parente.
Tramites
Em relação ao remake de “Pai Herói”, escrito por Renata Dias Gomes, um material será elaborado para apresentação aos americanos da Warner Bros. Discovery. Só depois do sinal verde deles é que as coisas irão andar de fato.
Curiosidade
Parece que o tempo dos americanos da Warner não é o tempo do pessoal dela daqui. O sim ou não de “Pai Herói”, se tudo correr nos conformes, deve chegar em meados de fevereiro.
Nuvens escuras
O dia, ontem, amanheceu daquele jeito na CNN Brasil, com notícias de novas demissões em setores como técnica e redação. Uma repórter, em tempo recorde, foi demitida, recontratada e agora demitida de novo.
Umas coisas
Tudo isso, poucos dias depois, de um dos executivos da CNN, por escrito, pedir votos dos funcionários para a eleição do Na Telinha, junto com um doce... E um bilhete “Orgulho de ser...” e o logo da CNN. Fala-se que depois desse enxugamento, o próximo passo será reduzir a sua instalação a um só andar.
Falta de atenção
Em toda transmissão de futebol, sempre tem alguém na orelha do narrador, dizendo o que ele tem ou não tem que fazer. É o coordenador. Por exemplo, pau quebrando no Maracanã e fizeram Luiz Carlos Jr. anunciar as escalações, no instante em que nem se sabia se haveria jogo. Na Globo, como tem que ser, fizeram tudo direitinho.
Olha essa
O SBT está atrás de mais gente na linha da Virgínia Fonseca. Bem escondidinho, ali nos seus interiores, quase cochichando, se informa que a ideia é colocar mais influenciadores nas madrugadas. Um, sucesso entre os adolescentes, será anunciado muito em breve.
Razão disso
Pesquisas encomendadas pelo SBT apontaram que a idade média do seu público é a mais alta entre todas as TVs. E que se elevou ainda mais nos últimos anos, apesar da novela da noite, mas muito pela falta da programação infantil que sempre existiu. A contratação desse pessoal que fala com a moçada é muito por isso.