‘Roda Viva’ soube superar tropeços
Flávio Ricco, com colaboração de José Carlos Nery
A televisão, ao longo dos tempos, sempre reservou espaço para bons programas de entrevistas, no nosso caso, a partir de Silveira Sampaio, médico e jornalista, entre outras atividades, e dono de um estilo todo peculiar. O nome era “Bate-papo com Silveira Sampaio”, na TV Record. E, isso, na época do tudo ao vivo.
Jô Soares, menino, conseguiu com ele o seu primeiro emprego na televisão. E teve, como se vê, a quem puxar. Outros tantos, no mesmo padrão ou com pequenas variações, vieram existir depois procurando se dirigir a um público bem determinado.
Mas um, em especial, que existe de muito tempo, quase 40 anos no ar, e soube superar muitas pedras de tropeço ao longo do percurso, é o “Roda Viva” da TV Cultura.
No ar, continuamente, desde 1986, teve diferentes apresentadores em diversos momentos, até chegar aos dias atuais, rejuvenescido, sob o comando de Vera Magalhães.
Em vez do clubinho fechado de um certo período, tornou-se possível verificar, por aqueles que são convidados, uma maior preocupação em atender e surpreender o telespectador. O último, com Alceu Valença, na segunda-feira (18), foi uma nova prova disso
Não por acaso, se colocar entre as marcas mais importantes da TV.
Pela ordem
O programa do Alceu foi o último “Roda Viva” inédito deste ano. Nos dias 25 e 1º, próximas segundas-feiras, reprises das entrevistas com Maria Ressa e Roberto Campos Neto. E a partir do dia 8, Fernanda Torres, Nilton Travesso e Sidney Magal, tudo novo de novo, mas já gravados.
Congresso do alfaiate
Não sei o que deu, mas meio que, por encanto, TV Jovem Pan deixou de contar com a presença feminina na sua programação. Lívia Zanolini e Paula Nobre foram as únicas que restaram, porque no mais só homens, como apresentadores ou comentaristas. Está até esquisito.
A propósito
Segundo pesquisas, a Band tem nos homens, cerca de 70%, a grande parte do seu público. A maioria com mais de 50 anos. Um dado que deve sempre ser considerado para definir a sua linha de conduta e poder tomar decisões mais seguras. Ou até mesmo estabelecer possíveis novos caminhos.
Cantinho do pensamento
A Band, desde muito tempo, teve a sua grade de programação apoiada no jornalismo e esporte, por onde também se explica a média de idade do seu telespectador. Assim como, ainda nos dias atuais, o único programa considerado essencialmente feminino é o “Melhor da Tarde”, da Cátia Fonseca. Fica a pergunta: será que é por aí mesmo?
Chegando a hora
Ali Kamel (foto) está em seus últimos dias como diretor-geral de jornalismo da Rede Globo. Em seu lugar, como desde agosto foi oficialmente anunciado, irá assumir Ricardo Villela, atual diretor-executivo.
Expectativa
A saída do Ali e a chegada do Villela deve ser acompanhada de algumas mudanças, vistas como naturais no jornalismo da Globo. Inclusive, ou especialmente, trocas nas bancadas dos seus telejornais ou apresentação de programas como o “Fantástico”.
Um desejo
O “Primeiro Impacto”, até ordem em contrário, será mantido na programação das manhãs do SBT. O que poderá acontecer, e existem estudos em cima disso, é a mudança do seu formato.
Sentar para conversar
Só depois das férias de janeiro, a equipe do Luciano Huck vai bater o martelo sobre o novo desenho do “Domingão”. A divisão em dois horários vai acontecer com o início do campeonato brasileiro.
Paginação diferente
A definição do que irá entrar antes e depois do futebol será totalmente definida em próximas conversas. A parte 1 terá um game, musicais e externas. A outra, quadros como “Dança dos Famosos” e “Quem quer ser milionário?”.