Hoje não se permite mais falar errado o nome de ninguém

Por Flávio Ricco / José Carlos Nery

Paolla Egonu, jogadora italiana, foi tratada como Paôla

Na Copa da Alemanha, em 1974, os narradores brasileiros sofreram com os nomes dos jogadores da seleção polonesa. Embora Lato e Deyna fossem de fácil pronúncia, houve a necessidade de lidar com outros bem mais complicados, como Tomaszewski, Szymanovski, Cmikiewicz, Maszczyk e Kasperczak, só para citar alguns. Os deslizes não eram relevados, porque o intercâmbio com o leste europeu era quase nenhum e as pesquisas se resumiam a uma enciclopédia ou o exemplar anual do Almanaque Abril.

Já na Copa da França, em 1998, o narrador Cléber Machado, atuando pela Globo, tomou o cuidado de saber a maneira exata de se referir aos jogadores da Croácia, estreante em copas, sobretudo Sucker, o astro principal. Assim, Cléber iniciou a transmissão de Jamaica e Croácia, na primeira rodada do Grupo H, pronunciando Xúquer, que é a forma correta de chamar Sucker, em idioma croata. Infelizmente, o coordenador de plantão, considerando excesso de preciosismo, pediu que se abandonasse o Xúquer e usasse Súquer, “mais intuitiva”.

Mas estamos falando de tempos ainda de internet discada; com o Google distante do cotidiano. Por isso, um Súquer em vez do correto Xúquer era ainda perfeitamente aceitável.

Tal compreensão não se pode estender aos dias de hoje, quando temos às mãos os mais variados meios e ferramentas de pesquisa. Nem se admitir que numa final da Liga Mundial de vôlei feminino, vencida pela Itália, o tempo todo a Paolla Egonu, excepcional jogadora italiana, fosse tratada como Paôla, quando o correto é praticamente igual à do nome Paula, com a quase imperceptível alteração do “u” pelo “o”.

Ninguém nasce sabendo. Isso é fato. Também ninguém é obrigado a falar corretamente nomes estrangeiros. Mas quem trabalha com comunicação tem, antes de tudo, o dever de pesquisar para melhor informar. E isso, em pleno século 21, tornou-se tão possível.

Notas

Ibope

A primeira semana de “A Rainha da Pérsia” atingiu 5,8 pontos na Grande São Paulo e 9,1 de share, participação no número de ligados, com vice-liderança isolada. E, ainda, apresentou crescimento nos índices de audiência em relação às quatro semanas anteriores.

Programa

Ruiva, por causa de um novo filme que ainda vai rodar, Thaís Pacholek estreia hoje (26) o “Tha em dobro”, com Thais Melchior ao seu lado na apresentação, no Canal Grave, pelo YouTube. Thais que amanhã (27) já estará na Argentina, participando do “Acerte ou Caia!” do Tom Cavalcante para a Record.

Portugal

O ator brasileiro Paulo Guidelly, após a novela “Cacau”, foi confirmado no elenco da segunda temporada da série “Rabo de Peixe”, ao lado de Paolla Oliveira. A produção também é de Portugal, e está disponível como “Mar Branco” na Netflix do Brasil.

Mercado

O que se comenta é que ainda não existe uma data certa para o início de atividades do novo canal de jornalismo, CNBC. Segue a sua montagem e organização, mas ainda sem nada definido sobre estreia. E que dificilmente será antes das eleições, porque até lá existe o risco de nem tudo funcionar como deveria.

É campeã

Kyra Gracie, oito vezes campeã mundial de Jiu-Jiysu, promove amanhã (27), em São Paulo, uma noite de autógrafos de seu livro, “Viver como uma Campeã”, publicado pela Editora Agir. O evento acontece na Livraria Drummond, no Conjunto Nacional, e o marido, Malvino Salvador, também estará presente.

Dúvida

A apresentadora e modelo Elen Adjard não deverá seguir com Edu Guedes, em seu próximo trabalho na TV. Muito provavelmente, ela irá acompanhar o namorado, Anderson Rodrigues, jogador profissional de basquete, em seu novo desafio nas quadras do México.