Quanto tempo as novelas ainda têm?

Por Cruzeiro do Sul

Tulio Starling e Larissa Bocchino em "No Rancho Fundo"

A TV aberta, e só ela, é capaz de acomodar conteúdos os mais diferentes em sua grade de programação.
Desde sempre, nos acostumamos a receber, todos os dias e nos mais diferentes horários, jornalismo, dramaturgia e entretenimento, especialmente por parte das cabeças de rede mais capacitadas.
Pelo menos até hoje, não tivemos tentativas de se esquadrinhar algo diferente, por ser uma fórmula já consagrada e comprovadamente aceita sem restrições. Os resultados são os melhores.
No entanto, acredita-se que a dramaturgia, na forma que existe e principalmente apoiada na estrutura de novelas que aí estão faz muito tempo, é a que poderá sofrer maiores transformações e não ter mais a mesma intensidade, em vigor ainda nos dias atuais.
Mais que impressão, já se constata um certo enfraquecimento nas produções de longa duração.
Por consequências que podem ser as mais diversas, e o streaming ou maior preferência por séries, entre elas, é natural se imaginar uma redução das mais importantes. Por exemplo, na Globo: por quanto tempo ainda pretende seguir com as faixas das 18h, 19h e 21h, lembrando que já tivemos a extinção de “Malhação”?
Por outro lado, observa-se que, no sentido exatamente inverso, passou a existir por parte do público em geral uma atenção muito maior ao jornalismo e até mesmo ao esporte. Aliás, algo que vários especialistas, há tempos, já enxergavam como um fato absolutamente lógico e natural.

 Notas

Agosto Lilás

No Agosto Lilás em curso, mês de conscientização pelo fim da violência contra as mulheres, Humberto Martins e Aline Müller iniciaram a pré-produção de um curta-metragem sobre o abuso e a violência sofridos por elas nos relacionamentos. Os dois, além de atuar, estão com trabalhos bem divididos entre direção e produção.

Falando nisso...

É grande a expectativa para a estreia da série “Estranho Amor” na Record. Trabalho de Ajax Camacho e Ingrid Zavarezzi, coloca em discussão a violência praticada contra a mulher. Tem elenco dos mais interessantes.

Aviso à praça

Sem ainda entrar em mais detalhes, a Endemol Shine Brasil abriu convocação para profissionais do mundo da dança, com vistas a uma audição que vai rolar no próximo dia 26. Os aprovados, informa-se, irão participar do “nosso próximo projeto na TV”.

Futebol Feminino

A liderança entre outros segmentos e as audiências conquistadas pelo futebol feminino do Brasil nos Jogos Olímpicos, apenas reforçam que o setor precisa de mais investimentos e atenção por aqui. TV incluída. Em São Paulo, por exemplo, a final do Brasil contra os Estados Unidos foi a maior audiência do futebol feminino nos jogos olímpicos desde agosto de 2016.

Diferenciada

A ginasta Rebeca Andrade (foto), nossa maior medalhista olímpica, no programa da Ana Maria Braga de terça-feira, não deixou de colocar suas qualidades e sacrifícios, inclusive cirurgias. Mas ressaltou a importância do trabalho em equipe para a conquista de medalhas, “da pessoa que limpa o ginásio à psicóloga...”.

Primeira gravação

Sob a direção de Marisa Mestiço, a Band dispara nesta quinta-feira as gravações do primeiro episódio do “MasterChef Confeitaria”. O programa, com estreia marcada para 19 de novembro, também contará com a participação do chef Diego Lozano, que se junta a Ana Paula Padrão, Henrique Fogaça, Helena Rizzo e Erick Jacquin.

Concentração gastronômica

Em seu Top 10 de séries, a plataforma Max tem na quarta posição o “Bake Off Brasil Mão na Massa”, exibido pelo SBT, e na quinta colocação, o “MasterChef Brasil”. Uma vez que o “Confeitaria”, da Band, também tem produção da Endemol, em algum momento ele será disponibilizado pela Max.