Estrela da Vila contesta nota do quesito bateria do Carnaval 2019
A escola de samba Estrela da Vila protocolou na tarde desta sexta-feira (8), na Secretaria de Cultura e na União Sorocabana das Escolas de Samba (Uses), um documento solicitando a revisão de uma das notas recebidas pela agremiação durante o desfile de Carnaval. O recurso, assinado pelo presidente, Bruno Braga, se refere à avaliação do quesito bateria.
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A contestação alega que a escola foi prejudicada em razão de problemas com os equipamentos de som, oferecidos pela Prefeitura por meio de uma empresa terceirizada, que foi contratada, via licitação, para montar toda a estrutura do evento. O secretário de Cultura, Werinton Kermes, reconheceu que realmente houve problemas, em três momentos, com o som durante o desfile da Estrela da Vila, realizado na noite de segunda-feira. Segundo ele, o jurado será consultado para que possa informar se a nota atribuída teve relação com as falhas de áudio.
A solicitação da escola é para que seja atribuída nota 10 à bateria, já que, segundo apontam, “a falha foi do sistema de som”. “Pedimos o cancelamento da nota aplicada pelo jurado (...), uma vez que fomos julgados com interferência externa afetando assim a avaliação do julgador do módulo bateria, e com o cancelamento da nota pedimos nota 10 (dez) para nossa bateria, conforme parágrafo único do artigo 20 do regulamento vigente”, aponta o recurso.
A Estrela da Vila ficou em 4º lugar na classificação, com nota final 88,5 -- a mesma da 28 de Setembro, que ficou na terceira colocação por um desempate exatamente por ter obtido nota maior na bateria.
No documento, a Estrela da Vila afirma que a avaliação de um dos jurados no quesito bateria trouxe, como alegação, “um descompasso rítmico ao executar um breque, que levou a bateria ao desencontro entre ritmo e canto”. Segundo diz o texto do recurso, a decisão do objeto da contestação é a falha do equipamento de som e o regulamento que não prevê critérios de desempate entre as primeiras colocações, com base no artigo 25 e no parágrafo único do artigo 26 do regulamento do desfile.
“Os argumentos com os quais contestamos a referida decisão são o fato de o jurado não ter levado em consideração a pane técnica que prejudicou nossa agremiação entre os 26 minutos e 28 minutos de desfile”, pontua o texto, junto com o qual a escola anexou um vídeo que mostra “o desencontro rítmico que foi causado pela falha técnica”. “Não se escuta a bateria e nem a equipe do carro de som, sendo assim nós não tivemos o mesmo funcionamento adequado do equipamento de som para uma avaliação justa e sem interferências externas, como tiveram nossas coirmãs.”
Há, ainda, cópias de mensagens via celular nas quais o presidente Bruno Braga haveria acionado e alertado um representante da Uses para que fosse desconsiderada a falha provocada em razão do equipamento de som. “Mas não sabemos das medidas tomadas após o aviso de que aquela falha no som nos prejudicaria.”
“A dúvida é se o jurado levou em consideração, para a nota, essa falha do som”, explicou Kermes. Segundo ele, será realizada uma reunião, para consulta ao referido jurado -- que, segundo a secretaria, estava ciente, após aviso feito pessoalmente, de que o som havia falhado por três vezes e que estes problemas técnicos não deveriam ser considerados -- para entender se a nota atribuída foi relacionada a este momento do desfile ou a outro.
O secretário não informou qual será a medida tomada caso o recurso seja acatado. Já o presidente da Uses, Edson Negrasha, informou que ainda não havia recebido o documento, até a noite desta sexta (8), porém que o mesmo será devidamente analisado pela entidade. (Da Redação)