Marcus Toscano toca no Instituto Histórico
Radicado na Espanha há quase dez anos e reconhecido mundialmente como um dos grandes violonistas clássicos da nova geração, o sorocabano Marcus Toscano faz concerto solo neste domingo (17), às 10h, no auditório do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba (IHGGS). Os ingressos, disponíveis até o fechamento desta edição, custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia) e podem ser adquiridos no site da Opus Produções Musicais (www.opusproducoesmusicais.com). Também haverá bilheteria no IHGGS (rua Rui Barbosa, 84, Além Ponte). A capacidade do teatro é de 100 pessoas.
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O programa será dedicado a peças de grandes compositores espanhóis, escritas originalmente para o violão. O concerto tem caráter didático e, segundo Toscano, será entrecortado por falas sobre a história e a evolução do violão espanhol ao longo do século 20. Outro diferencial da apresentação é que a performance será executada com dois raros violões históricos, feitos artesanalmente na Espanha e pela primeira vez trazidos ao Brasil.
Trata-se de um Manuel de la Chica (nome do construtor), produzido em Granada em 1957, e um Domingo Esteso, de Madrid, de 1923. “A ideia é compartilhar com o público essa rara experiência auditiva, de ouvir as músicas com instrumentos que têm a mesma estética de sonoridade do período em que elas foram compostas”, afirma. O concerto terá, ainda, uma participação da bailarina Thalma Di Lelli.
O músico sorocabano conta que desde que se estabeleceu em Granada, passou a fazer parte de uma rede de amigos, entre colecionadores de instrumentos históricos, negociadores e “guitarreros”. “O modus vivendi lá gira muito em torno da música e, especialmente, dos violões. Existem mais oficinas de guitarreros que farmácias”, comenta o músico, que retorna à sua cidade natal após uma temporada de 130 concertos na Bélgica, Inglaterra e Espanha. “Em Granada consigo viver só de tocar violão”, revela.
Toscano, entretanto, faz questão de destacar que toda a sua formação musical foi construída no Brasil. Especialmente a fase inicial, com aulas com o maestro Pedro Cameron, que eram oferecidas gratuitamente, pela Prefeitura, no final da década de 1990. “Essa formação foi fundamental. Além de estar sempre bem humorado, o Cameron tinha motivação e passava isso aos alunos”, relembra, citando que, desta sua geração, saíram violonistas renomados como Amadeu Rosa, Michel Pradelli e David Costa. (Felipe Shikama)