Polêmico Woody Allen volta à cena com ‘O Festival do Amor’

Cineasta lança seu primeiro longa após denúncias de abuso sexual

Por Kally Momesso

O diretor está em constante escrutínio público por conta das antigas alegações de que ele abusou de sua filha adotiva, Dylan Farrow, em 1992 - Crédito da foto: Getty Images (02/08/2018)

O cineasta Woody Allen volta aos cinemas com sua nova obra “O Festival do Amor”. A estreia, que acontece hoje (6), encerra o hiato que perdurou ao longo da pandemia de coronavírus e por conta do ressurgimento das denúncias contra o profissional que o acusam de abuso sexual.

Em “O Festival do Amor”, acompanhamos Mort Rifkin, um crítico de cinema que viaja para Espanha, convencido por sua esposa Sue, uma assessora de imprensa de um jovem cineasta francês, para acompanhar o festival de cinema de San Sebastian. Rifkin sente ciúmes da relação de sua esposa com o diretor francês e desconfia que os dois têm um caso. Porém, ele mesmo se vê interessado em uma jovem espanhola. Esses relacionamentos extraconjugais acabam influenciando consideravelmente a dinâmica do casamento dos dois.

Além das tensões românticas, o filme explora um debate sobre os caminhos do cinema, entre as manifestações políticas e a arte, ressaltando as posições e divergências dos personagens acerca do assunto. O elenco conta com os atores Wallace Shawn, no papel de Rifkin; Gina Gershon, interpretando Sue; e Louis Garrel, como o cineasta francês.

Allen é conhecido por grandes polêmicas. O diretor enfrenta críticas e rejeição de diversas personalidades do cinema por conta da acusação de abuso sexual da sua filha Dylan Farrow, que teria acontecido quando a menina tinha 7 anos. O cineasta nega as alegações e insiste que Dylan foi encorajada por sua mãe, Mia Farrow, que estava brava com o rompimento do relacionamento de 12 anos, em 1992, depois que a atriz descobriu que Allen estava tendo um caso com sua atual esposa.

Apesar do caso ser antigo, a carreira do diretor vem sendo insultada recentemente após a ascensão do movimento #MeToo, que incentivou artistas a denunciarem ocorrências de assédio. “O Festival do Amor” é o primeiro filme de Allen lançado desde então.

Sequências

Os cinemas também contam com duas estreias que fazem parte de sequências de filmes. “King’s Man: A Origem” passa a ser exibido hoje, enquanto “Sing 2” já estava sendo transmitido durante a sua pré-estreia.

Em “King’s Man: A Origem”, o terceiro filme da sequência apresenta as raízes da primeira agência de inteligência britânica independente, quando um grupo formado pelos piores tiranos e criminosos mais cruéis de todos os tempos planeja uma ameaça capaz de roubar milhões e matar inocentes. Nesse contexto, um homem se vê obrigado a correr contra o tempo na tentativa de detê-los e salvar o futuro da humanidade.

Já em “Sing 2”, enquanto o coala Buster Moon e seu elenco de estrelas se preparam para lançar sua performance de palco mais deslumbrante até então na radiante capital mundial do entretenimento. Há apenas um obstáculo: eles primeiro precisam convencer o astro do rock mais recluso do mundo -- interpretado na versão original pelo lendário ícone da música, Bono, em sua estreia no cinema de animação -- a se juntar a eles.