Artista argentino Leandro Erlich ganha exposição no CCBB em SP
Mostra A Tensão, que será aberta nesta quarta-feira (13), retrata objetos cotidianos com novos significados
Pessoas que não se molham e nem se afogam ao entrar em uma piscina. Uma sala de aula com alunos incomuns. Uma nuvem encapsulada. Um elevador que inverte os ambientes interno e externo. Uma janela para um jardim com seu reflexo aparecendo de forma cruzada. Tudo é invertido e subvertido na exposição A Tensão, do artista argentino Leandro Erlich, que será aberta nesta quarta-feira (13) no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em São Paulo.
Erlich transforma coisas do dia a dia, mundanas ou comuns, em algo novo. Objetos cotidianos ganham novos significados em sua obra. "Ele transforma o ordinário em extraordinário", afirmou o curador da mostra, Marcello Dantas. "O mecanismo da arte dele é o mecanismo da dúvida. Esse lugar que é a discordância entre aquilo que os olhos veem e aquilo que a sua mente sabe", acrescentou.
"Quando você olha para uma coisa, [você pensa]: eu estou vendo isso, mas isso não é possível. Essa discordância, essa dúvida, nos faz questionar todas as coisas básicas com as quais a gente se relaciona no dia a dia. E isso é uma gramática, uma linguagem universal. Por isso, ele consegue ter o mesmo impacto no Japão e no Brasil, na Argentina e na França", disse o curador.
No Brasil, a exposição já passou pelos CCBBs do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte, sempre com muito sucesso. Diversas fotografias da exposição podem ser encontradas facilmente nas redes sociais. Apesar de "parecer instagramável", a exposição é composta por obras produzidas muito antes do surgimento das redes sociais, como o Instagram. "A peça mais instagramável, que é a piscina, data de 1.999, dez anos antes da invenção do iPhone, 12 anos antes da invenção do Instagram", observou o curador.