‘Fantasminha Pluft’ volta às telonas em versão 3D nesta quinta (21)
Clássico teatral de Maria Clara Machado se torna o primeiro longa nacional com tecnologia 100% brasileira
Após 60 anos de sua criação, “Pluft, o Fantasminha” está de volta às telas dos cinemas a partir de hoje (21). Desta vez, o longa infantil baseado no clássico teatral da dramaturga Maria Clara Machado retorna como o primeiro filme brasileiro de live-action em 3D, em uma nova adaptação repleta de tecnologia 100% brasileira. A filmagem teve início em 2017, mas a pós-produção, cheia de efeitos especiais, exigiu bastante tempo. Quando estava quase tudo pronto, veio a pandemia da Covid-19. Agora o público pode conferir o trabalho da direção de arte, os figurinos e a maquiagem. Tudo colorido e encantador.
Para quem não conhece o clássico, Pluft (Cleber Salgado) é um fantasma muito esperto que vive com a sua mãe interpretada por Fabiula Nascimento no sótão de uma velha casa à beira-mar. Tudo estava indo bem, se não fosse a chegada inesperada do terrível pirata Perna-de-Pau, vivido por Juliano Cazarré. O pirata invade a casa em busca de tesouro escondido. Em uma aventura repleta de emoção e suspense, o fantasminha defenderá o seu território com a ajuda da doce Maribel (Lolla Belli). Para isso, os dois precisarão se unir antes, pois Maribel tem medo de fantasmas, enquanto Pluft tem medo de gente.
Com direção de Rosane Svartman, o filme possui uma filmagem subaquática, para levar às telonas o efeito dos fantasmas flutuando. De forma lírica e envolvente, o longa fala da busca da identidade e dos medos infantis, propondo uma reflexão sobre o temor do desconhecido.
“Pluft, o Fantasminha” ganhou vida pela primeira vez no teatro em 1955. Seis anos depois, ganhou sua versão para os cinemas, produzido por Romain Lesage, com Dirce Migliacio interpretando o fantasminha Pluft e Renato Consorte como o pirata Perna-de-Pau e trilha sonora de Tom Jobim. Em 1975, foi adaptada para uma minissérie de TV produzida pela Rede Globo, em parceria com a TVE. Desta vez, Dirce Migliacio contracenou com Flávio Miliaccio, que deu vida ao pirata.
O clássico de Maria Clara Machado ganhou diversos prêmios, entre eles o Satélite de Ouro de Melhor Filme no Festival Anual de Cinema Infantil de Santa Barbara, nos Estados Unidos, em 1966, o Prêmio Saci de melhor cenografia, em 1964 e, no mesmo ano, o Prêmio Governador do Estado de São Paulo.
Suspense recebe elogios
Os fãs de suspense podem conferir a partir de hoje (21) a estreia de “O Telefone Preto”. O filme conta a história de Finney Shaw (Mason Thames) um menino de 13 anos tímido e inteligente, que é sequestrado por Grabbler (Ethan Hawke ), um serial killer que tem como alvo crianças. O garoto acorda em um porão, onde há apenas uma cama e um telefone preto em uma das paredes. Quando o aparelho toca, o garoto consegue ouvir a voz das vítimas anteriores do assassino, e elas tentam evitar que Finney sofra o mesmo destino.
Enquanto isso, sua irmã Gwen (Madeleine McGraw ) tem sonhos que indicam o lugar onde ele pode estar e corre contra o tempo para tentar ajudá-lo. Finney continua a fazer tentativas para escapar, mas todas falham, até que uma das vítimas do sádico assassino fala sobre um plano que finalmente poderia levar Finney à liberdade.
“O Telefone Preto” tem uma história que acontece no final dos anos 70 e é dirigido pelo norte-americano Scott Derrickson, que possui no currículo longas de sucesso como “O exorcismo de Emily Rose”, “Vingadores: Guerra Infinita” e “Doutor Estranho”. No Rotten Tomatoes portal de críticas dos Estados Unidos, o filme aparece com 83% de aprovação do público. A Forbes dos EUA fez elogios ao longa e diz que este é o melhor filme de terror de Hollywood desde “Maligno”. O britânico The Times publicou que “Às vezes o filme chega perigosamente perto de se tornar desinteressante, mas é salvo a cada batida por um destemido elenco júnior”. (Virginia Kleinhappel Valio)