Marina Rosa expõe na Bienal de Arquitetura de Veneza
Formada pela Uniso, ela elaborou solução urbana nas Filipinas
Arquiteta formada pela Universidade de Sorocaba (Uniso), Marina Rosa foi convidada para participar da pré-abertura da 18ª Bienal de Arquitetura de Veneza, na Itália, um importante evento cultural, que está aberto ao público até 26 de novembro. Ela colaborou com a representação oficial das Filipinas, contribuindo como redatora do catálogo da exposição, intitulada “Tripa de Gallina: Guts of Estuary”.
Como arquiteta, Marina escreveu um ensaio sobre sua experiência como brasileira em intercâmbio nas Filipinas e a solução de design apresentada no Trabalho de Conclusão de Curso na Uniso para o “Estuário Tripa de Gallina”, um rio localizado na cidade de Manila, que conta com barangays em seu entorno, são como pequenos bairros, que apresentam uma série de problemas sociais, econômicos e ambientais.
Durante o intercâmbio intercultural nas Filipinas, Marina conheceu a arquiteta Choie Funk, que apresentou o estuário e os barangays a ela. A partir de um período de escuta dos moradores, líderes dos barangays, professores e alunos da Universidade De La Salle, Marina decidiu por desenvolver em seu TCC uma proposta de requalificação urbana naquela área que levasse em conta a vida e os vários diálogos que ali foram levantados.
De volta ao Brasil, Marina deu continuidade às pesquisas sobre o tema, mesmo com o encerramento do curso de graduação, participando do grupo internacional Dialoghi in Architettura e eventos acadêmicos da área. “A Uniso foi muito importante no meu percurso, recebi todo apoio do corpo docente e dos orientadores Fabrício Linardi e Lígia Mauá para o projeto acontecer e as portas se abriram como para a participação desta Bienal”, detalha Marina. O convite foi feito pela própria arquiteta filipina, por meio da Comissão Nacional de Cultura e Artes (NCCA) e da Philippine Arts in Venice Biennale Project (PAVB).
Marina esteve em maio, em Veneza, para a abertura da bienal. Com a temática “O laboratório do futuro”, a Bienal tem como curadoria, a educadora e romancista Lesley Lokko, fundadora do African Futures Institute, que nesta edição propõe uma reflexão sobre mudanças, com holofote no continente africano. Esta edição conta com 64 pavilhões de diferentes países, sendo mais da metade de origem africana e diaspórica. A exposição prosseguirá até 26 de novembro. Site oficial: https://www.labiennale.org/en/architecture/2023. (Da Redação)