Com humor, Guilherme Arantes lista as perguntas que mais ouve

Cantor publicou em suas redes respostas para questionamentos

Por Cruzeiro do Sul

Com mais de 50 anos de carreira, Guilherme Arantes trabalha em novo álbum

A cantor e compositor Guilherme Arantes, um dos maiores hitmakers do País, escreveu uma crônica para responder às perguntas que afirma ouvir em voos e aeroportos. Guilherme citou quatro delas, as mais comuns, segundo ele: “você não morreu?”, “você não é o Léo Jaime?”, “você ainda é cantor, faz música?”, “você não me é estranho, quem é você?”.

Com agenda de shows concorrida, Guilherme prepara um disco com composições inéditas e, nos últimos anos, fez músicas para as cantoras Gal Costa e Alaíde Costa. Em 2021, lançou seu mais recente álbum, “A Desordem dos Templários”, trabalho que ele definiu como “barroco”.

No texto publicado no Facebook há alguns dias, o cantor tentou responder cada um delas, sempre de maneira bem humorada e reflexiva.

“Se eu morri ou não, é uma ótima pergunta! Parabéns! Porque estamos morrendo a cada dia, e o Guilherme que eu era, que eu fui, provavelmente já deve ter ‘dado uma morrida’ de leve, ao menos umas 20 vezes, depende de qual época de referência estamos falando. Ainda bem que é assim”, respondeu, sobre a primeira e mais cruel dúvida.

Sobre ser confundido com Léo Jaime, Guilherme disse que isso não o incomoda muito, mas confessa não ter a mesma habilidade do colega de geração. “É um cantor de voz agradável e figura querida de nossa geração maravilhosa, da qual tenho muito orgulho de pertencer... Entretanto, entre meus talentos, não incluo a dança, o ballet, infelizmente. Bem que eu gostaria...”

Guilherme afirmou que, sim, ainda faz música — e shows — e fez uma reflexão sobre o mercado da música, que privilegia sempre quem faz sucesso em detrimento aos demais artistas. O cantor sabe o que diz, pois já emplacou inúmeros hits ao longo de quase 50 anos de carreira, entre eles, “Meu Mundo e Nada Mais”, “Planeta Água”, “Deixa Chover” e “Cheia de Charme”.

“Virei independente, e sou mais um que resiste por conta própria, sem figurar no cast de nenhuma ‘escuderia’ internacional. Não é demérito nenhum sermos independentes. (querem saber? Dou Graças a Deus). Considero que minha ‘profissão’, algo que se professa, começou mesmo quando me desliguei de vez do modo de produção da indústria”.

Em relação à quarta pergunta, quando alguém sabe que ele é famoso, mas não liga o nome à pessoa, Guilherme deu sua melhor resposta:

“Essa vou deixar para a posteridade! Afinal, me acho estranhíssimo...”

Recentemente, em um show em São Paulo, Guilherme comentou o fato de estar fora dos festivais de música. “Minha música não serve para tocar na praça de alimentação do Rock in Rio. Mas, tudo bem”, disse. (Da Redação com Estadão Conteúdo)