Buscar no Cruzeiro

Buscar

Oscar: começa a disputa no Brasil

30 de Agosto de 2020 às 00:01

Oscar: começa a disputa no Brasil Viviane Ferreira presidirá o comitê que vai eleger a produção nacional que concorrerá à estatueta. Crédito da foto: Divulgação

A cineasta Viviane Ferreira foi escolhida por unanimidade para presidir o comitê que vai eleger o filme brasileiro para a disputa do Oscar de melhor filme internacional, na cerimônia marcada para 25 de abril de 2021. Viviane, que também é roteirista, comandará um grupo seleto, formado pelos diretores de fotografia Affonso Beato e Lula Carvalho, a cineasta Laís Bodanzky, o diretor Roberto Berliner, as produtoras Clelia Bessa e Renata Magalhães, e os produtores Leonardo Monteiro de Barros e Rodrigo Teixeira.

“Todos são membros da Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais que, desde 2017, é reconhecida pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood como a única entidade responsável por essa seleção”, comenta Jorge Peregrino, que preside a entidade nacional. Ele tem até amanhã para enviar a lista da comissão a Hollywood.

A observação é pertinente, pois evita interferência de qualquer outra entidade ou instituição governamental no processo de escolha. Isso acontecia nos anos anteriores, quando o então Ministério da Cultura indicava um representante para opinar no comitê. “Foi quando Sérgio Sá Leitão, que era o ministro, firmou um convênio com a Ampas (entidade que organiza o Oscar) em 2017 que passava para a nossa Academia o poder de decisão”, conta Peregrino, lembrando que o acordo vigora até 2022.

Por conta da pandemia, Hollywood precisou alterar regras -- os filmes concorrentes nessa categoria, por exemplo, devem ter estreado em seu país entre 1º de outubro de 2019 e 31 de dezembro de 2020. É preciso também que o longa tenha sido exibido por pelo menos sete dias consecutivos em salas de cinema comercial. Há, com isso, a expectativa de que mais locais de exibição reabram até o final do ano.

Mesmo assim, por causa da pandemia do coronavírus, a Academia americana permitirá a inscrição de filmes que tiveram canceladas suas estreias nos cinemas, mas que foram exibidos em plataformas sob demanda, ou seja, por streaming.

“Outra mudança é que a pré-seleção feita por eles vai apontar 17 longas e não mais 10, como antes acontecia”, informa Peregrino, lembrando que o Brasil tem exatos 50 artistas com direito a voto na Academia de Hollywood, nomes como Fernanda Montenegro, os irmãos Walter e João Moreira Salles e quatro membros do comitê brasileiro (Lais, Beato, Carvalho e Teixeira). As inscrições nacionais vão abrir nesta semana. (Estadão Conteúdo)