Arrecadação federal de R$ 115 bilhões em julho é a menor desde 2009
A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 115,990 bilhões em julho.
Mesmo com o fim de parte do adiamento do pagamento de tributos adotado pela Receita Federal nos piores meses da crise da pandemia de Covid-19, o resultado ainda representa um recuo real (descontada a inflação) de 17,68% na comparação com o mesmo mês de 2019.
Contudo, já em relação a junho deste ano, houve aumento de 33,99% no recolhimento de impostos.
Uma parcela dessa diferença corresponde ao retorno da cobrança de tributos federais. Ocorre que ela foi adiada (ou diferida, no jargão do Fisco) para suavizar o fluxo de caixa das empresas afetadas pelo novo coronavírus.
O resultado de julho voltou a incorporar os recolhimentos do Simples Nacional.
Já a cobrança de PIS/Pasep só retornará na arrecadação de agosto.
O valor arrecadado no mês passado foi o menor para meses de julho desde 2009, quando a arrecadação no sétimo mês do ano foi de R$ 107,957 bilhões.
De acordo com a Receita Federal, o comportamento da arrecadação de julho decorre do comportamento das principais variáveis macroeconômicas no mês, que ainda registrou quedas na produção industrial (-10,05%), nas vendas de bens (-0,90%) e serviços (-12,10%), ainda que menores que os recuos verificados em maio e junho. (Eduardo Rodrigues - Estadão Conteúdo)