Balança tem superávit de US$ 1,4 bi em março

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Importações aumentaram, reduzindo o saldo positivo no mês. Crédito da foto: Emidio Marques / Arquivo JCS (23/8/2018)

Importações aumentaram, reduzindo o saldo positivo no mês. Crédito da foto: Emidio Marques / Arquivo JCS (23/8/2018)

A balança comercial brasileira teve um saldo positivo de US$ 1,482 bilhão em março, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia. Apesar do superávit, o desempenho é o pior para o mês desde 2015, quando o saldo foi de US$ 455,5 milhões.

A piora em relação ao ano passado é consequência de um crescimento mais acelerado da média diária das importações do que nas exportações. As aquisições vindas do exterior somaram US$ 23,023 bilhões em março, com uma média diária 51,7% superior ao observado em igual mês de 2020.

Já os embarques para fora do País totalizaram US$ 24,505 bilhões, com alta de 27,8% na média diária na mesma base de comparação.

No primeiro trimestre do ano, a balança comercial brasileira acumulou um superávit de US$ 1,648 bilhão. Esse também é o pior desempenho para o período desde 2015, quando houve um déficit de US$ 5,577 bilhões.

Apesar do resultado do primeiro trimestre a balança deve melhorar nos próximos meses e encerrar o ano com um superávit recorde, prevê o Ministério da Economia. As estimativas apontam um saldo positivo de US$ 89,4 bilhões, o que, se confirmado, será 75% maior que o ano passado e um recorde na série histórica.

O secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Lucaz Ferraz, explicou que as projeções foram atualizadas com base na perspectiva de uma vacinação contra Covid-19 mais rápida em diversos países, sobretudo nos mais desenvolvidos.

Além disso, o pacote fiscal de estímulo aprovado pelos Estados Unidos, no valor de US$ 1,9 trilhão, deve impulsionar o crescimento da economia americana e gerar efeitos positivos para outros países, entre eles o Brasil. O cenário de juros baixos também contribui para a melhora no saldo comercial. (Estadão Conteúdo)