Comércio e serviços alavancam o saldo positivo de empregos
O setor do comércio foi o responsável pelo saldo positivo do emprego em Sorocaba no ano passado, mesmo com as adversidades geradas pela pandemia do novo coronavírus. Junto com o setor de serviços, mas com a maior parte dos empregos formais gerados, foram 508 postos de trabalho gerados. Os dados estão no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, divulgados na quinta-feira (28).
Ao longo do ano passado, só comércio de Sorocaba admitiu 19.470 pessoas. Enquanto isso, 18.897 pessoas foram
demitidas pelo setor, Com isso, o saldo positivo foi de 573 pessoas. O setor de serviços, que realizou o maior número
de movimentações no Caged, teve o segundo melhor resultado. Foram 43.058 contratações, contra 42.962 demissões, gerando saldo de 96 postos de trabalho.
No lado oposto, a indústria teve o pior resultado. Foram 10.971 contratações ao longo do ano, contra 11.126 demissões, com saldo negativo de 155 postos de trabalho. O setor de agropecuária terminou o ano com saldo negativo de 14 vagas na cidade. Na construção civil, a taxa de contratação e demissão terminou o ano com estabilidade.
No balanço geral, durante todo o ano, 79.597 pessoas foram admitidas, em Sorocaba. Por outro lado, houve 79.089 demissões. Com isso, chegou-se ao saldo positivo de 508 postos de trabalhos formais. Ao longo do ano, cinco
meses apresentaram resultados negativos no Caged. Em outros sete, o saldo foi positivo. O maior problema ocorreu em abril de 2020 — início da pandemia —, com saldo negativo de 5.176 demissões.
Com 2.759 postos de trabalho criados, outubro foi o melhor mês de 2020. “A gente precisa analisar que ficamos vários meses vivendo essa agonia. Num primeiro momento, as empresas tiveram que se adaptar em função dessa nova realidade. Algumas empresas tiveram que demitir ou colocar trabalhadores em home office”, explica o presidente da Associação Comercial de Sorocaba (Acso), Sérgio Reze.
“Você teve o primeiro impacto, mas a situação começou a evoluir positivamente. Isso se reflete em vagas de emprego”, diz. Mas ele adverte. “As expectativas não podem ser altamente positivas. Ainda vamos ter muito trabalho e dificuldade na interação entre as pessoas e o trabalho”, lembra. Reze destacou a importância da vacinação, criticou a politização sobre o tema e a paternidade da vacina e pondera. “Vamos ter que trabalhar muito para sermos aquilo que já fomos”, termina. (Marcel Scinocca)