Confinamento pode afetar cadeia produtiva em Sorocaba

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A grande maioria do comércio segue fechada após a prorrogação da quarentena. Crédito da foto: Vinícius Fonseca (1/4/2020)

A grande maioria do comércio segue fechada após a prorrogação da quarentena. Crédito da foto: Vinícius Fonseca (1/4/2020)

A prorrogação do estado de quarentena por mais 15 dias no Estado de São Paulo, cuja determinação será acompanhada por Sorocaba, deve ter as suas principais implicações no comércio. Na indústria, de acordo com o diretor-titular do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo em Sorocaba (Ciesp-Sorocaba), Erly Domingues de Syllos, o setor industrial da cidade será afetado indiretamente pela paralisação de algumas montadoras.

“A cadeia produtiva é afetada porque não se tem para quem fornecer material e peças”, exemplifica. Conforme ele, cerca de 50% das indústrias da cidade estão com as atividades suspensas, principalmente as do setor automotivo.

Sobre a situação do comércio, Syllos vê a necessidade de um “meio-termo” para que alguns segmentos possam funcionar parcialmente. “Sem criar um contato muito grande de pessoas, mas preservando a necessidade econômica das pequenas empresas”, opina.

Erly Domingues de Syllos, diretor do Ciesp. Crédito da foto: Fábio Rogério (25/6/2018)

O dirigente observa que os primeiros 15 dias da paralisação já foram suficientes para que os pequenos estabelecimentos ficassem à beira de um colapso financeiro, pois não possuem fôlego financeiro. “Jamais questionaremos o objetivo principal da quarentena, que é salvar vidas, mas por outro lado essa situação pode

levar a um problema social muito grande lá na frente”, teme.

Para o presidente do Sindicato dos Bancários em Sorocaba e Região, Julio Cesar Machado, a restrição do fluxo de pessoas nas agências é indispensável, já que o funcionamento delas é considerado como serviço essencial. “Nós temos de nos prevenir e entendo que a quarentena é necessária não somente para os idosos, pois pessoas com menos de 50 anos também estão falecendo”, relata.

Conforme Machado, os índices de bancários doentes por Covid-19 são pequenos, o que reforça a importância das medidas restritivas. “É necessário que assim continuemos. Queremos o cidadão bem de saúde, e também o funcionário.”