Denúncias de preços abusivos aumentam
Desde o início da quarentena por conta do novo coronavírus, o Procon Sorocaba recebeu 1.081 manifestações de consumidores por conta de preços abusivos praticados em supermercados, farmácias e revendedoras de gás. O Procon São Paulo informou que as denúncias durante a pandemia tiveram um crescimento de 726% e ações de fiscalização ocorreram também em cidades da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS).
Além das reclamações sobre supermercados, o Procon Sorocaba informou ainda que recebeu 21 denúncias contra as revendedoras de gás e notificou 83 farmácias que estavam praticando precificação abusiva. “Percebemos que nos últimos dias ocorreu uma queda nas reclamações justamente porque os primeiros estabelecimentos denunciados já foram notificados”, informa o superintendente do Procon Sorocaba, Carlos Rocco Júnior.
Ele explica que para constatar se realmente houve alguma abusividade sobre os produtos, o Procon solicita a apresentação de documentos relativos à compra e venda dos itens, além da prestação de esclarecimentos. Caso as exigências não sejam cumpridas, os empresários estarão sujeitos a pena de desobediência nos termos do Código de Defesa do Consumidor, podendo ser autuados pela falta de resposta.
Conforme o Procon estadual, em 19 de março, quando os relatos começaram a ser recebidos, o dado era de 394 denúncias nas cidades paulistas atendidas pelo órgão; na semana passada os registros chegaram a 3.300. De acordo com órgão, a principal reclamação na RMS está relacionada aos preços praticados nas vendas de álcool em gel e máscaras de proteção.
O Procon Sorocaba e o Procon São Paulo reforçam a importância das denúncias. Os moradores de Sorocaba podem entrar em contato com o órgão através do site https://consumidor.gov.br/, pelo Whatsapp (15) 99198-2958 ou redes sociais. Já o Procon estadual pode ser acionado pelo site www.procon.sp.gov.br e também pelas redes sociais.
Supermercados
A Associação Paulista de Supermercados (Apas) informou que acompanhado o aumento de preços de produtos. A entidade ressalta que recomenda a seus supermercados associados que não alterem a margem de lucro neste momento e que apenas repassem o aumento da indústria, se houver. Ovos e leite estão entre os itens de maior alta sentida pelo consumidor.
Em alguns casos, conforme a Apas, o crescimento da demanda tem prejudicado a velocidade de reposição. Uma forma do consumidor ajudar na manutenção dos preços, segundo a associação, é não estocar produtos além da necessidade do mês. Outra é substituir marcas quando há aumento além do normal. (Da Redação)