Dólar tem alta de 1,1% na semana, para R$ 5,33
O dólar fechou a semana acumulando alta de 1,1%, interrompendo duas semanas consecutivas de quedas. A piora das bolsas americanas teve peso importante para a valorização da moeda na economia mundial, junto com o impasse no Congresso americano sobre um pacote de socorro fiscal e a piora da relação entre a Casa Branca e Pequim. Em setembro, o dólar acumula queda de 2,72%, mas no ano dispara 32,9%.
Ontem, a moeda norte-americana operou em queda pela manhã, mas no começo da tarde passou a subir, acompanhando a piora do humor dos investidores no exterior. No final do dia, terminou em alta de 0,27%, cotada em R$ 5,3334.
O Ibovespa fechou ontem em baixa de 0,48%, aos 98.363,22 pontos, no menor nível desde 7 de julho, então aos 97.761,04 pontos. Na semana, acumulou a segunda perda seguida, agora de 2,84%.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou na noite de quinta-feira, em transmissão ao vivo para redes sociais, que mantém conversas com ministros e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para entender os motivos da alta do dólar ante o real e se algo pode ser feito para atenuar o movimento.
“Tenho conversado sempre com os ministros e o presidente do Banco Central (sobre) o que a gente pode fazer pro dólar não subir tanto, o que o governo pode fazer legalmente, obedecendo às regras do mercado”, afirmou Bolsonaro. O presidente não deu mais detalhes sobre essas conversas.
O comentário foi feito em um momento da transmissão no qual ele falava dos motivos pelos quais o arroz tem ficado mais caro no País. Além da questão cambial, Bolsonaro atribuiu ainda ao aumento da demanda por causa do auxílio emergencial.
Instantes antes, o presidente reforçou que não vai interferir no mercado para baixar os preços do alimento. “O que tem de valer é a lei da oferta e da procura”, disse Bolsonaro. (Estadão Conteúdo)