FGV: Consumidor quer gastar mais no Dia das Crianças

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Os brinquedos seguem na liderança da preferência do consumidor. Crédito da foto: Pxhere (3/2/2017)

Os brinquedos seguem na liderança da preferência do consumidor. Crédito da foto: Pxhere (3/2/2017)

Neste dia das crianças, os consumidores brasileiros querem gastar mais dos que nos anos anteriores. O indicador que mede a pretensão de gastos para a data comemorativa atingiu o maior patamar desde 2015, passando de 63,0 para 77,6 pontos, de acordo com o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE).

No entanto, ainda está abaixo do registrados em 2014, quando já foi de 85,6 pontos. Entre 2010 e 2013, o indicador alcançou os maiores níveis da pesquisa, com o pico em 2011 (100,6 pontos).

Entre as famílias com renda mensal de até R$ 2.100, 69,4% afirmaram que pretendem gastar com presentes neste período, um aumento de 21,9% em relação a 2017 - a pesquisa não foi feita em 2018 - e o melhor resultado desde 2014. O valor médio do presente para esse perfil é de R$ 56,00 contra R$ 136 das famílias que ganham acima de R$ 9.600. Em média, devem gastar R$ 88,90 com presentes, um aumento de 16,1% com relação a 2017.

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Apesar de uma redução de 9,2 pontos percentuais com relação ao último levantamento feito em 2017, os brinquedos seguem na liderança da preferência do consumidor (50,8%), seguido por vestuário (21,1%) e livros (4,9%). A categoria de eletrônicos, por sua vez, ganhou espaço, passando de 1,8% para 3,7%, em dois anos. A pesquisa da FGV consultou 1.733 pessoas.

"Entre 2017 e 2019 houve melhora do ambiente econômico e ligeira redução da taxa de desemprego, apesar de muitos consumidores ainda estarem endividados, a liberação dos recursos do FGTS e do PIS/Pasep a partir de setembro contribuem para aumentar o ânimo para compras. Ainda que parte dos consumidores utilizem os recursos para quitar dívidas, isso abre espaço no orçamento doméstico para compras futuras, assim, o comércio deve sentir os efeitos positivos no curto prazo" afirma Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora da Sondagem do Consumidor. (Mariana Cardoso - Estadão Conteúdo)