Lojistas lamentam regresso de fase

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Retorno no Plano SP prejudica comércio, dizem entidades. Crédito da foto: Emidio Marques / Arquivo JCS (7/8/2019)

Retorno no Plano SP prejudica comércio, dizem entidades. Crédito da foto: Emidio Marques / Arquivo JCS (7/8/2019)

A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) informou em nota que lamenta as decisões tomadas pelo governo do Estado de regredir para a fase amarela o Plano São Paulo. A nova determinação limita o comércio em 40% de sua capacidade, funcionamento máximo de 10 horas por dia e com horário de fechamento obrigatório até as 22h. A Associação esclarece que “vai cumprir com seu papel de orientar os comerciantes em relação a essas novas restrições”, mas tece críticas às determinações.

A ACSP defende que o comércio tem respeito às normas sanitárias e que “horários e capacidades restritivas do comércio podem aumentar as aglomerações do lado de fora das lojas”.

A instituição diz que entendeu como aceitáveis as medidas tomadas pelo governo do Estado junto ao comércio, no começo da pandemia, quando ainda não se sabia muito sobre a doença. “Agora, porém, a entidade acredita que este tipo de atitude não se justifica já que o varejo não está entre os lugares onde há mais contaminação da doença”, diz a nota.

A entidade também entende que esse tipo de medida pode causar mais fechamento de lojas, porque o comerciante ainda se recupera do primeiro impacto da pandemia.

Alshop

Para o presidente da Associação de Lojistas de Shoppings (Alshop), Nabil Sahyoub, a notícia da regressão de regiões da fase verde para a amarela no Plano São Paulo “bateu muito negativamente no setor”. Ele criticou que o governo não tenha feito restrições durante a campanha para a eleição municipal. “O setor vai pagar a conta na melhor época do ano”, diz.

As novas restrições diminuem o funcionamento dos shoppings de 12 horas para 10 horas. No entanto, na prática, Sahyoub diz que serão até quatro horas a menos para os lojistas. “Em época de Natal, costumamos estender os horários a até 14h de funcionamento”, lembra.

Ele pontua que isso deve ainda barrar as contratações de temporários nas lojas, o que, em sua visão, pode reduzir pontualmente os custos para os lojistas, mas impede a geração de empregos e o aumento de vendas com o horário estendido. (Talita Nascimento - Estadão Conteúdo)