Metalúrgicos perdem 1.859 vagas na região de Sorocaba

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Foram oito meses de saldo negativo no emprego em 2019. Crédito da foto: Luiz Setti / Arquivo JCS

Foram oito meses de saldo negativo no emprego em 2019. Crédito da foto: Luiz Setti / Arquivo JCS

Oito meses consecutivos de fechamento de postos de trabalho nas indústrias metalúrgicas de Sorocaba e região resultou no saldo negativo de 1.859 empregos em 2019, de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal). Os números foram divulgados nesta quinta-feira (6). O saldo negativo é resultado de 10.451 trabalhadores demitidos e 8.524 admitidos no ano passado.

No Estado de São Paulo, o cenário também foi negativo, com 9.424 postos de trabalho fechados em 2019. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, compilados pelo economista da subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) dos Metalúrgicos de Sorocaba, Fernando Lima.

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“Em 2019, tivemos uma diminuição de 10,54% no número de contratados. Isso demonstra a dificuldade de encontrar um emprego na categoria metalúrgica em Sorocaba e região. Há menos contratação e, por outro lado, o número de desligados cresceu 26,45%”, explica Lima, por meio da assessoria de imprensa do SMetal.

O secretário-geral do sindicato, Silvio Ferreira, disse que além do impacto da não renovação dos contratos temporários dos trabalhadores da Toyota, que ocorreu em agosto, também houve queda nas contratações e aumento nas demissões em outros segmentos metalúrgicos, como autopeças (-658); equipamentos de informática (-322); geradores, transformadores e motores elétricos (-287); e manutenção e reparação de máquinas e equipamentos elétricos (-274).

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“Isso demonstra a falta de uma política de desenvolvimento industrial por parte dos governos federal, estadual e municipal, que o sindicato vem criticando há pelo menos três anos. Em outros setores, os números começam a mostrar um pequeno crescimento, mas o que observamos é que isso já é resultado da precarização do emprego e da retirada de direitos do trabalhador”, ressaltou Ferreira.

Para Fernando Lima, a crise econômica na Argentina afetou as empresas locais -- montadoras e autopeças. “Isso demonstra a dependência do mercado externo para o País”, observa. (Da Redação)