Safra 2020 será 2,3% maior que ano passado

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Produção de milho terá pequeno recuo e de soja será recorde. Crédito da foto: Fabio Scremin / Arquivo APPA (27/1/2015)

Produção de milho terá pequeno recuo e de soja será recorde. Crédito da foto: Fabio Scremin / Arquivo APPA (27/1/2015)

A safra agrícola de 2020 deve totalizar um recorde de 247,0 milhões de toneladas, 5,5 milhões de toneladas a mais que o desempenho do ano anterior, um crescimento de 2,3%. Os dados são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de abril, divulgado ontem pelo IBGE.

Em relação ao levantamento de março, houve avanço de 0,8% na estimativa para a safra deste ano, o equivalente a 1,9 milhão de toneladas a mais.

Segundo o IBGE, os produtores rurais brasileiros devem colher 64,5 milhões de hectares na safra agrícola de 2020, uma elevação de 2,0% em relação à área colhida em 2019, o equivalente a mais 1,3 milhão de hectares.

Em relação à estimativa de março, a área a ser colhida aumentou 0,2%, com 152,1 mil hectares a mais.

Soja

O Brasil deve colher novo recorde de soja em 2020. A produção da soja deve crescer 6,7% ante 2019, totalizando 121,0 milhões de toneladas.

Já a safra de arroz será 3,5% maior, somando 10,6 milhões de toneladas. O cultivo de algodão herbáceo deve cair 2,0%, para um total de 6,8 milhões de toneladas.

Quanto ao milho, a expectativa é de um recuo de 3,4% na produção, devido a um crescimento de 2,2% no milho de primeira safra, mas decréscimo de 5,4% no milho de segunda safra. A produção total de milho será de 97,1 milhões de toneladas em 2020, sendo 26,6 milhões de toneladas de milho na primeira safra e outros 70,6 milhões de toneladas na segunda safra do grão.

A área a ser colhida de milho aumentou 1,7% ante 2019, com alta de 4,1% no milho de primeira safra e elevação de 0,4% no milho de segunda safra. A área de soja cresceu 2,5%, enquanto a de algodão herbáceo subiu 0,9%. Por outro lado, houve declínio de 1,9% na área a ser colhida de arroz.

Além dos grãos, o IBGE também faz estimativa para outros produtos importantes na matriz agrícola brasileira, como a cana-de-açúcar, que deve fechar o ano com produção de 670,6 milhões de toneladas (alta de 0,5% em relação a 2020) e o café, que deve ter produção de 3,46 milhões de toneladas (alta de 15,5%). Outros produtos com previsão de alta são laranja (4,4%) e uva (0,4%).

Por outro lado, são esperadas quedas na produção de banana (-3,8%), batata-inglesa (-2,1%), mandioca (-1,1%) e tomate (-4,8%). (Estadão Conteúdo e Agência Brasil)