Barcelona admite que recebeu pedido de Lionel Messi para deixar clube

Por

O argentino Lionel Messi é considerado um dos melhores jogadores de todos os tempos. Crédito da foto: Manu Fernandez / Pool / AFP (14/8/2020)

O argentino Lionel Messi é considerado um dos melhores jogadores de todos os tempos. Crédito da foto: Manu Fernandez / Pool / AFP (14/8/2020)

O mundo do futebol está na expectativa da confirmação de uma notícia que vai agitar o mercado de transferências neste verão europeu. De acordo com a agência de notícias Associated Press, o craque argentino Lionel Messi está próximo de sair do Barcelona ao comunicar à diretoria nesta terça-feira que não deseja continuar na equipe após se reunir com o recém contratado técnico holandês Ronald Koeman na semana passada.

Seu contrato com o Barcelona possui uma cláusula de rescisão unilateral ao término da temporada 2019/2020, o que viabilizaria a vontade do jogador de sair. O prazo para que a utilizasse se expirou em junho, mas Messi acredita que em decorrência das mudanças no calendário europeu, por conta da pandemia do novo coronavírus, ele ainda pode acionar o recurso e anular o atual contrato, que se estende até junho de 2021.

Por outro lado, o presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu, já manifestou que conta com a presença do argentino para a próxima temporada. De acordo com o mandatário, Messi só poderá deixar o clube catalão se alguma equipe pagar a sua multa rescisória, avaliada em 700 milhões de euros (R$ 4,6 bilhões na cotação atual).

"Não falei com Messi, mas conversei com seu pai. Messi está desapontado e frustrado, assim como todo mundo. Foi doloroso, mas temos que nos levantar. É o que todos nós temos que fazer", disse o dirigente em entrevista divulgada pela Barça TV na semana passada.

Astro do time por mais de uma década, o argentino não esconde que está insatisfeito. Mais falante do que em anos recentes, Messi apontou problemas na equipe nesta temporada e criticou decisões da diretoria. Assim, embora nunca tenha falado anteriormente em sair, levantou rumores sobre essa possibilidade E eles cresceram após a derrota por 8 a 2 para o Bayern de Munique, nas quartas de final da Liga dos Campeões da Europa, se falando do suposto interesse da Inter de Milão e do Manchester City, do técnico espanhol Pep Guardiola.

Messi, que chegou ao Barcelona com 13 anos, marcou um recorde de 634 gols pelo time catalão em 730 partidas e também é o jogador mais vitorioso do clube com 33 troféus. Ele está a 37 jogos de igualar Xavi Hernández como o atleta que mais vestiu a camisa do clube na história.

Independente da decisão que tomar, Messi tem o apoio de ex-colegas de Barcelona. O ex-zagueiro espanhol Carles Puyol, capitão do clube catalão nos primeiros anos do argentino no time principal, usou as redes sociais para mostrar seu apoio. "Respeito e admiração, Leo. Você tem todo o meu apoio, amigo", escreveu em sua conta no Twitter.

Protesto da torcida

Muitos torcedores do Barcelona se posicionaram em frente ao estádio Camp Nou, nesta terça-feira, para protestar contra uma possível saída do argentino Lionel Messi da equipe catalã. Os fãs pediam a permanência do craque e a saída do presidente Josep Maria Bartomeu.

Durante a manifestação, a diretoria do Barcelona estava reunida para tratar da renovação que deverá ser feita no elenco. Além de Messi, o atacante Suárez é outro que deve deixar o clube. Melhor amigo do craque argentino, o uruguaio foi informado que não está nos planos do novo técnico Ronald Koeman.

Há 20 anos no clube da Catalunha, o craque pretende exercer a cláusula de seu contrato que o permite sair de graça após o término de cada temporada. Neste ano, por causa da pandemia do coronavírus, o prazo foi prorrogado até o fim de agosto, quando terminaram as competições europeias.

Por outro lado, o presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu, já manifestou que conta com a presença do argentino para a próxima temporada. De acordo com o mandatário, Messi só poderá deixar o clube catalão se alguma equipe pagar a sua multa rescisória, avaliada em 700 milhões de euros (R$ 4,6 bilhões na cotação atual). (Estadão Conteúdo)