Braga Netto anuncia programa de recuperação pós-pandemia
O ministro-chefe da Casa Civil, Braga Netto, anunciou nesta quarta-feira (22) um novo programa de investimento do governo federal, batizado de Pró-Brasil. O objetivo, segundo ele, é gerar emprego e recuperar a infraestrutura do País em resposta aos impactos trazidos pela pandemia do novo coronavírus.
Braga Netto disse que as propostas ainda estão sendo estruturadas pelo governo e não apresentou estimativas de volume total de investimentos nem o número de empregos a serem gerados. “Ainda seria leviano eu levantar isso [estimativas]. A finalidade é gerar empregos, recuperar infraestrutura e dar possibilidade do Brasil recuperar toda essa perda que nós tivemos”, disse durante coletiva de imprensa, no Palácio do Planalto, para atualizar as ações do governo federal no enfrentamento da Covid-19.
O programa reúne ações de todos os ministérios e será coordenado pela Casa Civil. Segundo a pasta, foram definidos dois eixos de ação: Ordem e Progresso. No eixo Ordem serão contempladas medidas como o aprimoramento do arcabouço normativo, atração de investimentos privados, segurança jurídica, melhoria do ambiente de negócios e mitigação dos impactos socioeconômicos. No eixo Progresso, estão previstos investimentos com obras públicas, custeadas pelo governo federal, e de parcerias com o setor privado.
“Na verdade, vamos dar continuidade a coisas que já estavam andando, por exemplo, o vigoroso programa de concessões”, disse o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, durante a coletiva. Segundo ele, os projetos de concessões e privatizações coordenados pela pasta preveem investimentos de R$ 250 bilhões. “Aquilo que será feito por meio de obra pública, a gente estima um valor de R$ 30 bilhões”, acrescentou.
De acordo com a apresentação do ministro Braga Netto, a execução dos projetos será de longo prazo, devendo durar até 2030. A primeira reunião do grupo de trabalho do programa Pró-Brasil será na sexta-feira (24). O detalhamento dos projetos e ações será feito em setembro e a implantação está prevista para começar a partir de outubro.
Ministério da Saúde
Seis dias depois de ser escolhido para assumir o comando do Ministério da Saúde, Nelson Teich disse que ainda está estudando a situação do novo coronavírus no País e que precisa de mais informações para agir. De concreto, não anunciou nada além do nome de seu novo “braço-direito”, o secretário-executivo do ministério, general Eduardo Pazuello, que na realidade é uma escolha pessoal do presidente Jair Bolsonaro acatada por Teich. O novo ministro conheceu seu maior aliado no Ministério da Saúde só nesta segunda-feira, 20.
Em sua primeira entrevista coletiva, Nelson Teich, voltou a repetir afirmações de seu primeiro discurso. “A gente sabe muito pouco da doença”, disse o ministro.
Teich sinalizou que prepara uma “diretriz‘ para que Estados e municípios de todo o País comecem a executar planos de retomada das atividades e econômicas, a partir da flexibilização do isolamento social, como quer Bolsonaro.
“É impossível um País viver um ano, um ano e meio parado. Um programa de saída, isso é que a gente vai desenhar e dar suporte para Estados e municípios”, disse o novo ministro.
Daqui a uma semana, Teich se comprometeu em entregar as “diretrizes” do que será feito no País. (Agência Brasil e Estadão Conteúdo)