Descaso explica surto de Covid-19 nas delegações
Jogadores sem máscaras na hora de tirar fotos, dar autógrafos ou andar de avião, aglomerações na porta dos hotéis, a presença de convidados em estádios que não poderiam receber público durante as Eliminatórias da Copa do Mundo e o descontrole da pandemia em toda a América do Sul ajudam a explicar o aumento dos casos de Covid-19 na Copa América. O Ministério da Saúde anunciou que já são 53 casos de infecção entre jogadores, integrantes das delegações e prestadores de serviço envolvidos na competição.
A delegação mais afetada é a da Venezuela, com ao menos 13 infectados. Os atletas Josef Martínez e Jhon Chancellor apresentam sintomas leves, mas não foram hospitalizados; os outros estão assintomáticos. Todos vão permanecer isolados no Brasília Palace Hotel por 10 dias após o teste positivo.
Pessoas próximas à seleção venezuelana afirmam que os protocolos sanitários não são seguidos à risca. Atletas são vistos sem máscaras com frequência, seja na capital Caracas ou em Brasília, primeira parada da equipe para a Copa América. O capitão venezuelano Tomás Rincón foi visto sem máscara, em imagens em suas próprias redes sociais, antes da viagem ao Brasil. Antes do embarque, ele teve um mal estar físico e não viajou com o grupo
A seleção colombiana registrou dois casos de infecção entre os membros da comissão técnica: o assistente técnico Pablo Román e o fisioterapeuta Carlos Entrena. Os dois estão bem e isolados no Hotel Grand Odara, em Cuiabá (MT). O voo fretado para o Brasil, para a disputa do torneio, trouxe parte dos atletas sem máscara dentro do avião. (Estadão Conteúdo)