Jogadores de 19 times da Série A pedem à CBF para não estender rodadas até 2022
Atletas argumentam a necessidade de um período maior de descanso para que a temporada do próximo ano não seja comprometida
Jogadores de 19 times da Série A do Campeonato Brasileiro, com exceção do Flamengo, enviaram um documento à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pedindo para que a competição não seja adiada e termine em dezembro deste ano. No documento, assinado pelos capitães das equipes, os atletas argumentam a necessidade de um período maior de descanso para que a temporada 2022 não seja comprometida. A informação foi divulgada primeiramente pelo GE e confirmada pelo Estadão.
Por causa da pandemia do coronavírus, o futebol brasileiro foi paralisado em 2020 ainda durante a disputa dos campeonatos estaduais. Seguindo protocolos para evitar o contágio, as competições nacionais retornaram na metade do ano, com o calendário se estendendo até o início de 2021. De acordo com o documento, o período de descanso entre a última e a atual temporada foi inferior a 30 dias, o que vai contra a Lei 9.615/98.
"Destaca-se que as férias não são meros períodos de lazer, mas são também períodos de reabilitação física e repouso, necessários à vida de quaisquer atletas. As consequências da ausência das férias vão de ordem muscular, passando por problemas nas articulações, e resultam malefícios no sistema imunológico e no aspecto psicológico do atleta", diz a solicitação.
Ainda de acordo com o pedido, o requerimento foi motivado após a imprensa noticiar a "possibilidade de remanejamento" do Brasileirão de 2021 para o início do próximo ano. Eles recordam, ainda, a realização da Copa do Mundo do Catar em novembro de 2022, alegando que o calendário já seria "prejudicial aos atletas".
Em setembro, a CBF anunciou que o Campeonato Brasileiro não irá terminar no dia 5 de dezembro, como previsto anteriormente, por causa do adiamento de jogos de clubes que cederam jogadores para a seleção brasileira disputar jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo. Procurada, a CBF não respondeu à reportagem.