Cerimônia abre a competição hoje (4)
Os atletas Aline Rocha e Cristian Ribera, ambos do esqui cross-country, serão os porta-bandeiras do Brasil na cerimônia de abertura da Paralimpíada de Inverno, programada para às 8h55 (horário de Brasília) de hoje (4), no icônico estádio Ninho de Pássaro, em Pequim (China). O anúncio foi feito nesta quarta-feira (2) por Mizael Conrado, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Além da dupla, a delegação brasileira conta com outros quatro atletas em Pequim: Guilherme Cruz Rocha, Robelson Moreira Lula e Wesley dos Santos, todos do esqui cross-country; e André Barbieri do snowboard.
Esta é a terceira vez que o Brasil disputa os Jogos Paralímpicos de Inverno. Na última edição, em 2018, em PyeongChang (Coreia do Sul), o País contou com três atletas, e em 2014, em Sochi (Rússia), foram apenas dois. Natural de Pinhão (PR), Aline Rocha, de 31 anos, não vê a hora de participar de sua terceira Paralimpíada, e levar pela segunda vez a bandeira brasileira: a primeira foi em PyeongChang.
“Uma honra imensa representar o meu país nos Jogos e ainda por cima ser porta-bandeira junto com o Cristian, uma emoção muito grande”, disse a atleta em depoimento ao CPB.
Já Cristian Ribera, de 20 anos, sentiu a emoção de ser ponta-bandeira pela primeira vez no encerramento dos Jogos de 2018. Na ocasião, o esquiador conquistou o sexto lugar na prova dos 15 quilômetros, o melhor resultado brasileiro na história do evento.
“Lá na Coreia do Sul foi muito especial. Eu não fui porta-bandeira na abertura, mas só de entrar no estádio já foi uma emoção inesquecível. Poder ser o porta-bandeira junto com a Aline vai ser super especial, vamos curtir o máximo, e, na medida do possível, fazer nossa festa”, afirmou o atleta nascido em Cerejeiras (RO), que vive em Jundiaí desde os três meses de idade.
A Paralimpíada de Pequim reunirá 650 atletas de 48 países até 13 de março, último dia de competição.
Paratletas de Rússia e Belarus são banidos
Atletas russos e belarussos foram banidos dos Jogos Paralímpicos de Inverno 2022 pelo envolvimento de seus países na guerra na Ucrânia, disse o Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês) ontem (3), em Pequim. A reviravolta ocorreu menos de 24 horas depois de o IPC anunciar que permitiria que atletas dos dois países competissem nos Jogos da China, que começam hoje (4).
A condição era a de que os atletas fossem identificados como neutros, com cores, bandeiras e outros símbolos nacionais removidos. O IPC recebeu críticas imediatas pela decisão inicial. Em comunicado oficial, o presidente do IPC, Andrew Parsons, disse que, nas últimas 12 horas, um grande número de membros entrou em contato com o comitê pedindo para que a decisão fosse reconsiderada, sob possibilidade de “graves consequências”.
Parsons acrescentou que “a situação atual em rápida escalada nos colocou em uma posição única e impossível tão perto do início dos Jogos”, e também se dirigiu aos atletas russos e belarussos. “Para atletas dos países impactados, lamentamos muito que sejam afetados pelas decisões que seus governos tomaram na semana passada ao violar a trégua olímpica. Vocês são vítimas das ações de seus governos”.
O IPC agora se junta a esportes como futebol, atletismo, basquete, hóquei e outros que impuseram proibições gerais a russos e belarussos. A Rússia deveria ter 71 atletas competindo em Pequim. Não se sabe quantos atletas belarussos estariam envolvidos. A Ucrânia disse que teria 20 participantes.
Na segunda-feira (28), o Comitê Olímpico Internacional (COI) pressionou os órgãos esportivos a excluir atletas de ambos os países de eventos internacionais, mas deixou a decisão para os órgãos governamentais. (Da Redação, com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)