Abner Teixeira conquista medalha de ouro no Continental de Boxe
A vitória do atleta, morador de Sorocaba, aconteceu sobre o chileno Miguel Correa, por decisão unânime dos árbitros
O boxeador Abner Teixeira voltou ao Brasil com mais uma medalha de ouro, dessa vez do Campeonato Continental das Américas de Boxe em Guayaquil, no Equador. A vitória do atleta, morador de Sorocaba, e integrante da seleção brasileira permanente, aconteceu na última sexta-feira (1º), sobre o chileno Miguel Correa, por decisão unânime dos árbitros, na categoria superpesado (acima de 92 kg). Com 17 pugilistas brasileiros, o País obteve sete medalhas de ouro.
Pelo caminho, Abner alcançou vitórias sobre o trinitino Nigel Paul, o colombiano Juan Monsalve e, na semifinal, o norte-americano Joshua Edwards. A competição contou com 197 atletas de 25 países das Américas do Sul, Central e do Norte.
Segundo o boxeador, a experiência anterior, em torneio na Hungria, gerou pontos no ranking e impactou no segundo torneio competido em 2022. A chave foi desafiadora. “Peguei adversários difíceis no Equador. Nas oitavas de final, lutei contra o terceiro melhor super pesado do mundo. Fiquei feliz de ter performances boas. Me afirmou um pouco”, celebrou.
Sobre a última luta disputada no torneio, Abner afirmou que considerou como a mais fácil das quatro. “Eu tinha um pouco de pressão, porque na segunda luta eu sofri um corte no olho e fizeram uma sutura intradérmica. Na terceira luta, eu consegui não mexer no corte, mas na quarta era um adversário muito bruto, com risco de ocorrer cabeçada, cotovelada e acabar causando os cortes. Então eu estava preocupado por isso. Mas quanto a luta em si, acabou sendo a mais fácil”, lembrou.
Até agora, a mudança para superpesado vem sendo positiva para o pugilista, com dois títulos conquistados em 2022. “Fiquei feliz. É fruto de muito trabalho. Eu subi de categoria agora e acho que deu um ânimo a mais, porque, na outra categoria, eu estava sofrendo para bater o peso. Era desgastante. Agora eu estou me sentindo muito melhor”, disse.
Com 1,93 metro e pesando 100 kg, Abner Teixeira se considera pequeno para a nova categoria. Ainda assim, ele atribui seu biotipo como uma vantagem contra seus adversários. “Apesar de eu ser um cara pequeno para a categoria, porque a gente acha competidor de 120 kg, 130 kg, mas eu tenho uma vantagem muito grande, porque eu sou mais rápido do que eles. Por eu ser menor e mais leve, eu consigo ter um tempo de reação melhor do que o deles (oponentes)”, detalhou o boxeador.
O medalhista olímpico revelado pela Liga Sorocabana de Boxe (Lisoboxe) viaja novamente no dia 22 de abril, dessa vez para a República Tcheca, sede do próximo campeonato. Em outubro, Abner disputa o segundo maior torneio do ano, o Campeonato Sul-Americano, que acontecerá em Lima, no Peru.
Sete ouros
Na competição, o Brasil acumulou sete medalhas de ouro, duas de prata e duas de bronze. No masculino, foram quatro de ouro, contando com Abner: Luiz Oliveira, Wanderson Oliveira e Keno Marley. No feminino, as três vencedoras foram Bia Ferreira, Beatriz Soares e Bárbara Santos. Com os títulos, o Brasil foi o líder do quadro de medalhas.
Luiz Oliveira, também conhecido como “Bolinha”, venceu Jahmal Harvey na decisão do peso pena em um combate bastante disputado. Wanderson Oliveira chegou a ir ao chão, mas soube conduzir bem o combate e vencer por unanimidade e o mexicano Miguel Martínez. Na última final que envolveu brasileiros, Keno Marley superou o estadunidense Arjan Iseni.
A medalhista olímpica Bia Ferreira obteve o ouro após o triunfo ante a norte-americana Rashida Ellis, principal adversária de Bia no continente. Beatriz Soares também subiu no lugar mais alto do pódio, após vitória sobre a argentina Noelia Lucia. Bárbara Santos também foi ouro em Guayaquil depois de vencer a mexicana Tamara Sandoval. (Kally Momesso)