Mesmo sem vacina contra Covid-19, Djokovic poderá jogar em Wimbledon

Organização do terceiro Grand Slam do ano confirmou nesta terça (26) que não vai exigir dos tenistas o comprovante de vacinação

Por Cruzeiro do Sul

Novak Djokovic

Mesmo sem tomar a vacina contra a Covid-19, Novak Djokovic poderá disputar o Torneio de Wimbledon neste ano. O tenista sérvio vai poder competir na grama de Londres porque a organização do terceiro Grand Slam da temporada confirmou nesta terça-feira que não vai exigir dos tenistas o comprovante de vacinação.

Com a decisão, Djokovic terá nova chance de disputar um Grand Slam, após protagonizar uma das maiores polêmicas da história do tênis em janeiro. Na ocasião, foi deportado pelo governo australiano quando tentou entrar no país sem o comprovante de vacinação para disputar o Aberto da Austrália.

O episódio gerou uma crise diplomática entre Sérvia e o país da Oceania, causou uma disputa jurídica em solo australiano e dividiu o mundo do tênis. O número 1 do mundo sofreu diversas críticas por tentar competir sem ter tomado a vacina contra a Covid-19 e até correu risco de perder patrocinadores.

Por conta de sua decisão de não se vacinar, o sérvio ficou impedido de disputar também os dois primeiros Masters 1000 da temporada, em Indian Wells e em Miami, ambos nos Estados Unidos. Assim, ele pôde disputar até agora apenas três torneios na temporada 2022, com resultados abaixo do esperado.

Em sua estreia no ano, venceu apenas dois jogos em Dubai. Na sequência, caiu logo na estreia no Masters 1000 de Montecarlo. E, na semana passada, chegou à final do Torneio de Belgrado, organizado por sua própria família, mas perdeu para o russo Andrey Rublev.

Nas últimas duas competições, o líder do ranking exibiu cansaço que não costuma apresentar em quadra. Conhecido pelo ótimo preparo físico, o tenista disse estar enfrentando um problema físico ou uma doença que não especificou. "Provavelmente está relacionado à doença que tive recentemente. Felizmente as coisas estão progredindo, embora lentamente", comentou o tenista, no fim de semana.

Ele afirmou não ter testado positivo para a Covid-19 e garantiu que as dificuldades físicas não têm relação com a infecção pelo coronavírus que teve no fim do ano passado. Ao todo, o atleta já foi infectado pela Covid-19 por duas vezes.

Seu próximo foco na temporada é Roland Garros. Djokovic correu sério risco de ficar fora do Grand Slam disputado em Paris porque o governo francês impôs forte restrição à entrada dos atletas no país no início do ano. No entanto, aliviou as medidas nas últimas semanas, abrindo a possibilidade para o sérvio competir normalmente no segundo grande torneio do ano, no próximo mês.

Decisão polêmica

Se terá Djokovic em quadra neste ano, Wimbledon não poderá contar com tenistas da Rússia e Belarus em sua grama nesta temporada. Na semana passada, a organização anunciou o banimento destes atletas em retaliação à invasão russa na Ucrânia. Assim, atletas como o russo Daniil Medvedev, atual número dois do mundo e rival e Djokovic, não poderá competir em Londres neste ano. O próprio Rublev, algoz do número 1 do mundo no fim de semana, também está fora do Grand Slam britânico.