Luan tenta, em vão, ser reintegrado
Afastado do elenco do Corinthians e treinando em horários alternativos no CT Joaquim Grava, o meia Luan garante que tem condições de ser reintegrado. Antes de pedir ao técnico Vanderlei Luxemburgo para treinar com os companheiros, como revelou em entrevista ao podcast do ex-atacante Denilson, o jogador de 30 anos já havia tido uma conversa parecida com Vítor Pereira no ano passado, mas sentiu-se “enrolado” pelo português. Naquele momento, o meia se entendia completamente recuperado de problemas físicos e de baques em sua vida pessoal, após a morte de dois amigos.
Luan chegou ao Corinthians em 2020, ano em que perdeu um amigo que cresceu frequentando sua casa e a quem tratava como irmão. A morte ocorreu em dezembro, meses depois do falecimento de outro amigo bastante próximo. As duas perdas afetaram bruscamente o psicológico do meio-campista, que já não estava com a confiança em alta por não conseguir exibir seu melhor futebol na primeira temporada com a camisa do time para o qual torcia na infância.
A atitude de procurar o treinador para pedir para jogar se repetiu assim que Vanderlei Luxemburgo foi contratado neste ano, após a experiência frustrada com Fernando Lázaro e a passagem relâmpago de Cuca. “Fui trocar ideia com o Vanderlei quando ele chegou e não teve muita ideia não. Só joguei o papo reto. Falei: ‘professor, não preciso contar história triste aqui não, você sabe da minha situação do jeito que tá. A única coisa que peço é para você me deixar treinar com o grupo e me dar uma oportunidade. Só falei: ‘mano, a situação está acabando comigo, só deixa eu treinar com os caras, você vai ver’.”
O treinador foi questionado sobre o assunto na coletiva de imprensa após a derrota por 1 a 0 para o Red Bull Bragantino, no domingo. “Pergunta para a torcida do Corinthians se ela quer o jogador dentro do jogo. Não cabe a mim responder. Foi antes de eu chegar, então transfere a pergunta. Ele conversou comigo, mas para ser bem claro: o torcedor do Corinthians falou que não queria o Luan porque ele não foi justo, por isso, isso e isso”, respondeu Luxemburgo. (Estadão Conteúdo)