Técnico avalia estreia do Brasil nas Eliminatórias, goleando a Bolívia
A “era” Fernando Diniz começou com uma goleada por 5 a 1 e uma atuação de gala contra a Bolívia, anteontem (8), no Mangueirão, em Belém, na abertura das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. Após a partida, o treinador analisou sua estreia pela equipe, valorizou a participação histórica de Neymar no jogo e ressaltou o entendimento de todos os convocados para o rendimento da seleção.
O grande nome da estreia de Diniz na seleção foi Neymar. Com dois gols, o camisa 10 passou Pelé na contagem de gols em partidas oficiais da Fifa e assumiu o posto de maior goleador da história do Brasil. Questionado sobre como viu a partida do atacante, o treinador não escondeu que desejava e viu o astro da equipe brincando e se divertindo em campo.
“Foi isso mesmo (mais solto e se divertindo em campo). Acho que ele precisa estar com o espírito. Para muita gente que falou que não sabia o que o Neymar vinha fazer aqui, ele veio fazer isso. Dois gols, quebrou recorde e se divertiu. Ele é um ídolo gigante Tenho certeza que isso é só o começo da trajetória”, comentou Fernando Diniz com um sorriso no rosto.
A fala de Fernando Diniz foi uma alfinetada para Jorge Jesus, técnico de Neymar no Al-Hilal. Quando a convocação da seleção brasileira foi feita e o nome do camisa 10 estava na lista, o treinador português comentou em uma coletiva que não entendia como um jogador poderia ser convocado machucado e questionou o que Neymar poderia fazer na seleção.
“É simbólico e importante tudo que aconteceu hoje. É uma vitória de cinco gols, teve a posse de bola e a torcida. A questão do Neymar é que ele veio fazer isso. O futebol a gente tem que entender que o jogador é a obra prima. São eles que fazem as crianças querer ser jogador. Precisamos saber respeitar as individualidades e tudo que ele é”, explicou o treinador.
Na estreia de Diniz, a seleção brasileira estabeleceu um novo recorde. A partida contra a Bolívia terminou com a equipe com 80% da posse de bola do jogo -- maior porcentagem que o Brasil já teve em um jogo em toda a sua história. Questionado sobre como viu a partida, o treinador valorizou a forma que os jogadores se postaram em campo, mas reconheceu que existem pontos para melhorar.
“Todo mundo sabe que eu tenho um apreço muito grande por ficar com a bola. Mas além disso, gosto de ser criativo, agressivo e criar chances de gol. Acho que fomos eficientes, fomos bem e é só o começo. Tivemos alguns erros, mas os pontos positivos foram muito maiores que os negativos. Eu peguei um trabalho bem fundamentado do Tite. Tinha uma maneira de jogar, uma equipe de trabalho e eu cheguei para contribuir. Eles entenderam a forma como eu vejo o jogo, de ser agressivo, tentar manter a bola e buscar o gol. Acho que se fosse para falar em uma coisa só, a vontade deles (jogadores) de fazer o que precisava foi o mais marcante”, disse Diniz. (Da Redação, com Estadão Conteúdo)