Leila Pereira ‘detona’ torcidas organizadas

Por Cruzeiro do Sul

Presidente do Palmeiras rebateu reclamações ontem

Dias após a eliminação na semifinal da Copa Libertadores e derrota no clássico para o Santos no Brasileirão, Leila Pereira convocou uma coletiva de imprensa. Ontem (11), no Centro de Treinamento do Palmeiras, a presidente do Verdão rebateu as reclamações de parte da torcida, que pichou os muros do Allianz Parque e de unidades da Crefisa, patrocinadora do clube, cobrando contratações e pedindo a saída do diretor de futebol.

“Não é tocando tambor e jogando bomba que vou contratar jogadores. Esses atos de vandalismo contra uma patrocinadora que só colaborou com o Palmeiras... Na pandemia, enquanto a maioria dos patrocinadores cortaram os patrocínios, a Crefisa e a Fam em nenhum momento suspenderam os pagamentos para o Palmeiras. Por isso que o Palmeiras conseguiu manter o emprego dos nossos trabalhadores intacto”, declarou.

“Essas torcidas organizadas não construíram nada. Eles são caso de polícia. Essas pessoas são o grande câncer do futebol brasileiro. O Palmeiras não é de ninguém, é de nossos milhões de torcedores. A grande diferença é que só estou para ajudar o Palmeiras, não esses torcedores organizados, que é muito importante separar, quando reclamo é dos organizados”, comentou Leila.

A presidente reforçou que a pressão de organizadas não afetará o planejamento do clube. “O Palmeiras tem planejamento sim, mas nosso planejamento é feito dentro da Academia de Futebol. Em hipótese nenhuma vamos planejar por pressão de torcida organizada. A grande parte dos nossos torcedores compreende. Claro que ficamos chateados quando fomos desclassificados, mas é impossível ganhar todos os anos. Sou presidente há quase dois anos, nós conquistamos cinco títulos. Não sei se outro presidente com tão pouco tempo conquistou tanto quanto a nossa gestão. A grande emoção era quando não caía. Hoje as pessoas ficam estressadas porque de quatro Libertadores, ganhamos duas e em duas saímos na semifinal. Isso é ridículo”, reclamou a dirigente.

Leila fez questão de começar relembrando o início de sua gestão e deixando claro que contratações foram feitas desde sua chegada. “No ano passado contratamos, alguns não se adaptaram. É um investimento alto e você não tem a certeza de que ele vai performar, é muito subjetivo, alguns atletas não se adaptaram, tivemos que emprestá-los. Em 2023, tivemos um pouco mais de cuidado, por responsabilidade financeira. Eu não vou sobrecarregar o Palmeiras financeiramente para dar satisfação a jornalistas, com todo respeito que tenho a vocês, alguns torcedores. Eu tenho muita restrição para jogadores que estão se aposentando e querem se aposentar no Palmeiras. Não é nossa mentalidade, não quero. Não quero uma performance de um ano, eu quero continuidade. Quem paga essa contratação é o clube e eu não posso sobrecarregar o clube acima do que é possível pagar. Eu penso o Palmeiras a longo prazo. Quero que o Palmeiras continue sendo protagonista sempre”, disse.

Após a eliminação na Libertadores, os muros do Allianz Parque e sedes da Crefisa foram pichadas chamando Leila de “mentirosa”. Sobre os atos de vandalismo, a presidente foi direta na coletiva. “É inadmissível. Pressão é normal, mas é inadmissível atos de vandalismo contra um parceiro que está há nove anos no Palmeiras só colaborando com o clube. Quando a Crefisa e a Fam chegaram no Palmeiras, em 2015, um ano anterior o Palmeiras estava quase rebaixado. Ninguém nos procurou, nos espontaneamente viemos oferecer. A Crefisa e a Fam já colocaram no Palmeiras ao longo desse tempo cerca de R$ 1 bilhão e R$ 200 milhões”, disse. (Da Redação)